Ozempic: distribuição do remédio a desempregados deve reduzir atendimentos de saúde; entenda

O serviço de saúde do Reino Unido divulgou que pessoas obesas desempregadas deverão receber remédios destinados ao emagrecimento – como a semaglutida, popularmente conhecida como Ozempic – para conseguirem retornar ao trabalho. A medida, segundo as autoridades, também está relacionada à sobrecarga do sistema de saúde nacional.

Caneta de Ozempic na mão de uma pessoa branca

Caneta Ozempic ficou amplamente conhecida após virar ‘moda’ entre pessoas que buscavam reduzir o peso de forma rápida – Foto: Shutterstock/Reprodução/ND

Ozempic deve desafogar sistema de saúde no Reino Unido, diz autoridade

O secretário de Saúde do Reino Unido, Wes Streeting, afirmou em um artigo publicado no jornal britânico The Telegraph que os atendimentos a pacientes obesos estão “sobrecarregando significativamente” a rede pública e gerando mais prejuízos “que o tabagismo”. As informações são do O Globo.

“Nossa cintura cada vez mais larga também está sobrecarregando significativamente nosso serviço de saúde, custando ao NHS £11 bilhões por ano [cerca de R$ 81 bilhões na atual cotação], mais até do que o tabagismo. E isso está atrasando nossa economia”, escreveu o secretário.

Pés de pessoa branca subindo em uma balança também na cor branca

Estilo de vida ‘junk food’ é uma das causas para a sobrecarga no sistema de saúde do Reino Unido, diz secretário – Foto: Freepik/Reprodução ND

“As doenças causadas pela obesidade fazem com que as pessoas tenham, em média, quatro dias a mais de licença médica por ano, enquanto muitas outras são obrigadas a deixar o trabalho”.

A semaglutida, substância comercializada sob os nomes comerciais Ozempic e Wegovy, é destinada, em geral, a pessoas com quadros de diabetes tipo 2. No entanto, um dos efeitos principais do medicamento é o emagrecimento, já que ele proporciona a sensação de saciedade por mais tempo e, por isso, também é receitado por médicos no tratamento da obesidade.

Para quem a substância é indicada?

  • Pessoas obesas (com IMC acima de 30);
  • Com sobrepeso (com IMC acima de 25);
  • Com comorbidades ou agravamento de condições preexistentes devido ao excesso de peso;
  • Pacientes diabéticos ou com dislipidemias (excesso de gordura no sangue).
Caneta Ozempic sendo destampada nas mãos de pessoa branca

Apesar de ajudar no emagrecimento, substância pode contribuir para o surgimento de pedras na vesícula  – Foto: Reprodução/Portal Minha Vida/ND

Wes Streeting disse ainda que a farmacêutica Eli Lilly que fabrica o Monjauro (tirzepatida) – também indicado para a perda de peso – deve investir um montante equivalente à cerca de R$ 2,05 bilhões na iniciativa. Além disso, a Health Innovation Manchester também vai colaborar com o desenvolvimento de um estudo para analisar os efeitos do uso da tizerpartida nos pacientes em relação ao uso do sistema de saúde.

“Esses remédios para perda de peso mudarão suas vidas, as ajudarão a voltar ao trabalho e aliviarão as demandas do NHS”, completou Streeting sobre a distribuição de Ozempic, Wegovy e Monjauro.

Os especialistas de saúde alertam que o uso de qualquer substância deve ter sempre o acompanhamento de um profissional, além de mudanças na alimentação e a inclusão da prática de exercícios físicos, caso contrário é possível que o paciente sofra com o efeito rebote.

Efeitos colaterais do uso de Ozempic apontados por médicos:

  • Náusea;
  • Diminuição do apetite;
  • Vômitos;
  • Diarreia;
  • Dor de cabeça;
  • Desidratação (causada pelos episódios de vômito e diarreia);
  • Pedra na vesícula (por conta do emagrecimento rápido);
  • Mal-estar.

*Com informações do O Globo.

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