Alvo da PF por desvios na educação da Bahia é “casca de bala” de Elmar

Alvo de uma operação da Polícia Federal nesta terça-feira (15/9) que apura desvios de recursos destinados à educação, o deputado estadual Marcinho Oliveira (União) é o “casca de bala” do líder do União Brasil na Câmara, Elmar Nascimento (União-BA).

O apelido foi dado pelo próprio deputado estadual baiano em uma homenagem a Elmar nas redes sociais, com imagens dos dois em momentos de trabalho e de lazer, incluindo reuniões familiares durante as festas de fim de ano.

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Elmar é padrinho político de Marcinho

Marcinho foi alvo de uma operação da PF
Marcinho na Codevasf, em Brasília
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O deputado federal Elmar Nascimento e o deputado estadual Marcinho Oliveira são aliados e amigos

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Elmar é padrinho político de Marcinho

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Marcinho foi alvo de uma operação da PF

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Marcinho na Codevasf, em Brasília

“Meu casca de bala! Obrigado pelo apoio e pela parceria ao longo desses anos de trabalho pela nossa Bahia!”, diz Marcinho na publicação, postada em maio de 2024.

Elmar é padrinho político de Marcinho. Durante o primeiro turno da eleição municipal, por exemplo, os dois viajaram por cidades da Bahia para apoiar os mesmos candidatos.

Como noticiou a coluna,  Marcinho foi intermediador entre Elmar e o prefeito de Alcobaça (BA), Zico de Baiato (PT), nos gestos que o deputado federal fez ao PT em busca de apoio ao seu nome à sucessão de Arthur Lira (PP-AL).

Operação Santa Rota

A 2ª Fase de Operação Santa Rota foi deflagrada pela PF em conjunto Controladoria Geral da União (CGU) nesta terça. Foram cumpridos  cinco mandados de busca e apreensão em Salvador e na cidade de Santaluz, reduto do Marcinho.

Os agentes da PF  estiveram na sede na Assembleia Legislativa do Estado da Bahia (AL-BA), no gabinete do deputado estadual, e outro na residência de Marcinho na cidade do interior baiano, que fica há 300 km da capital.

Nas investigações,  a PF diz que há “fortes indícios de fraude à licitação realizada pelo município de Santaluz, para contratar empresa que prestaria o serviço de transporte escolar naquele município”.

A suspeita é que empresas de um mesmo grupo econômico combinaram de aumentar o valor de referência de pregão eletrônico para contratação do serviço de transporte escolar na cidade de Santaluz.

A investigação revelou ainda que houve um ajuste entre empresas participantes para direcionar o vencedor da licitação. Assim, a empresa passou a superfaturar a execução do contrato.

Outro lado

Em nota, o deputado estadual confirmou que foi “destinatário de mandado de busca e apreensão em inquérito que investiga Transporte Escolar na cidade de Santaluz”.

Marcinho diz ainda que recebeu a notícia “com estranheza” porque sua empresa “nunca  teve nenhum envolvimento com o contrato de transporte escolar em Santa Luiz”.

O deputado ressalta ainda que “os fatos não tem nenhuma vinculação com o seu mandato parlamentar e que confia que, em breve, o tempo trará a verdade”.

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