Roteiro: 3 dias em Faro, a capital do Algarve

Roteiro: 3 dias em Faro, a capital do AlgarveMaurício Brum

A pequena cidade deFaro, na famosa região doAlgarve,possui atrações que preservam a história de vários períodos diferentes da humanidade. Os primeiros marcos da presença humana na região datam do século 4 a.C, quando o local era um importante centro comercial. Ao longo da história, a região esteve sob domínio fenício, romano, visigodo e árabe.

Uma viagem peloAlgarvenão deve se limitar a Faro, afinal,há muito o que fazer por lá. A cidade tem pouco mais de 100 mil habitantes e um bem conservado centro histórico, que é cercado por muralhas e está pontilhado de ruas calçadas, casarões dos séculos 18 e 19. Seu coração é oLargo da Sé,recheado de laranjeiras, onde fica oPaço Episcopal. Preste atenção no lindoArco da Vila,de 1812. Com mais de 5 quilômetros de extensão, a praia local fica naIlha de Faro,uma língua de areia bem em frente à cidade e ao aeroporto que tem, de um lado, o mar; do outro, a ria. Há uma boa infraestrutura, com bares, restaurantes e centros de esportes náuticos.

Como chegar em Faro

O Aeroporto Internacional de Faro recebe voos diretos demais de 30 localidades da Europa. Outra possibilidade é viajar de ônibus desde Lisboa – um trajeto de aproximadamente 3 horas e meia – ou de Sevilha, na Espanha – levando entre 2 horas e meia a 3 horas de viagem –, com atenção aos trâmites alfandegários. Você também pode viajar detrem desde Lisboa(2h50).

Roteiro em Faro, dia 1: comece pela história

Tudo começa noArco da Vila,o principal acesso ao interior da parte histórica da cidade. Inaugurado em 1812, o arco atual resguarda em seu interior uma parte das muralhas mouras que cercavam Faro durante a dominação árabe da península ibérica. Depois da conquista portuguesa no século 13, a cidade foi nomeada como Santa Maria de Faaron, nome que posteriormente tornou-se apenas Faro.

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Próximo do Arco fica oMuseu Municipal de Faro(2 euros). O prédio onde funciona a instituição é classificado como Monumento Nacional e é o local onde funcionou um convento entre os séculos 16 e 19. O acervo é formado por objetos preservados de todos os tempos históricos aos quais a cidade resistiu.

Além de escritos em pedra de cidadãos romanos que viveram na região durante a época em que era chamada de Ossonoba, o museu também conserva esculturas e pinturas nos estilos barroco, rococó e neoclássico. A cereja do bolo é um grande mosaico romano datado, estima-se, entre 2 e 3 d.C. que retrata o rosto do deus Oceanus. O museu dispõe de umtour virtual.

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Mosaico romano conservado no Museu Municipal é um dos grandes tesouros culturais do AlgarveBextrel/Wikimedia Commons

Outra parada do dia é aSé Catedral de Faro,uma igreja que já chama a atenção pelo seu exterior com uma parte da estrutura em pedra aparente. Erguida sobre as ruínas de vários templos que existiram ali ao longo dos séculos, a igreja é um local em que a religiosidade transcende a história. Fala-se muito da vista para a cidade, que de fato é linda, mas a igreja não fica atrás.

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A fachada relativamente simples esconde os múltiplos tesouros preservados em seu interior, a começar pela coleção de retábulos ricamente decorados, bem como o teto e as paredes. As capelas são revestidas com azulejos portugueses do século 18 e há ainda um órgão barroco do mesmo período, decorado com motivos orientais conhecidos comochinoiseries.Comprando um bilhete de 5 euros, o visitante pode explorar o complexo da igreja que também inclui uma capela de ossos, o Museu Catedralício e uma subida na torre com vista para a Ria Formosa.

Pela região central estão vários ótimos restaurantes para experimentar durante a sua estadia. OVila Adentrotem um elogiado menu com frutos do mar e uma saborosa carta de vinhos que podem ser apreciados no espaço com decoração em azulejaria portuguesa ou ao ar livre. Outra opção é aTaberna Modestocom vários pratos típicos portugueses. OCastelo Farooferece os sabores clássicos da região com uma bela vista para as águas da Ria Formosa.

Dia 2: hora de relaxar

Aproveite para fazer o passeio pela ilha-barreira noParque Natural da Ria Formosaconhecida no lado nascente como Ilha da Culatra e no lado poente como Ilha do Farol. Essa formação natural entre as cidades de Faro e Olhão tem uma pequena povoação que originalmente era uma comunidade de pescadores e, hoje em dia, vive basicamente do turismo.

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Para chegar à ilha, a partida é no cais Cais da Porta Nova (também conhecido como Cais das Portas do Mar), junto às muralhas, perto da marina. De lá o transporte porferryleva cerca de 40 minutos até a Ilha do Farol. Na hora de embarcar, fique atento aoshorários de transportepara não perder o último barco de volta para Faro. Se preferir, é possível contrataro seu próprio passeiopor agências locais.

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Ilha do Farol é uma das belezas naturais em FaroOtávio Nogueira/CC BY 2.0/Wikimedia Commons

A Ilha do Farol é um lugar agradável com belas casas decoradas, mas o destaque vai para a belíssima praia com uma larga faixa de areia quase deserta. Na parte mais povoada da ilha existem vários bares e restaurantes, bem como serviços de aluguel de espreguiçadeiras e guarda-sol. Em um percurso de aproximadamente 6 km de extensão sobre os passadiços de madeira e pela areia é possível alcançar oFarol do Cabo de Santa Maria,cuja construção se iniciou em 1851. A torre tem 46 metros de altura e é visitável toda quarta-feira, caso tenha disposição para vencer os 220 degraus até o topo do Farol.

Dia 3: prédios icônicos

No último dia em Faro, uma cidade com tantas histórias, ainda existem muitas opções de atrações que contemplam todos os gostos, como oTeatro Lethese aIgreja de Nossa Senhora do Monte do Carmo.

Vale a pena conhecer a Ermida de Santo Antônio do Alto, uma igreja dedicada a Santo Antônio construída no local mais alto da cidade em meados do século 14. A visita, que funciona de terça a sábado – das 9h às 13h e das 13h30 às 15h30 – é gratuita e oferece uma vista panorâmica da cidade no alto da torre. O interior da igreja tem decorações nos estilos manuelino, barroco e rococó, com obras entalhadas em madeira.

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Para encerrar a viagem em grande estilo, o destino é oPalácio Belmarço, um palacete em estilo eclético e revivalista construído no início do século 20 como residência para nobres da cidade. Classificado como Monumento de Interesse Público, tem decoração com painéis de azulejos e elementos daart nouveau. Hoje, o local funciona como um edifício de tour-histórico e enólogo de uma vinícola local e, para visitá-lo, bastareservar uma prova de vinhos.

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