Petista pede que Câmara crie comissão para apurar apagão em SP

A Câmara dos Deputados pode criar uma comissão externa para acompanhar as investigações e providências contra a Enel, responsável pelo abastecimento energético em São Paulo, após o novo apagão que atingiu a capital paulista.

O pedido para a criação da comissão foi protocolado na última segunda-feira (14/10) pelo deputado Alencar Santana (PT-SP), que é aliado de Guilherme Boulos (PSol) na disputa pela prefeitura de São Paulo.

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Enel já tinha sido avisada sobre riscos de novos apagões

Divulgação

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O ministro Alexandre Silveira em coletiva sobre apagão em São Paulo

Milena Vogado/Metrópoles

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Presidente da Enel falando com jornalistas sobre o apagão

Jéssica Bernardo/ Metrópoles

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Pátio da Enel durante o apagão

Reprodução

O parlamentar lembra que em novembro de 2023 a cidade também teve problemas com apagão. E fala que as “autoridades locais” estão “timidamente tomando providências” para justificar a comissão.

“Muito embora as autoridades locais estejam timidamente tomando providências, após prejuízos incalculáveis para consumidores, não se pode deixar de considerar que trata-se de situação recorrente – verificada em 2022, 2023 e 2024, a cada ano com maior número de pessoas afetadas”, diz o deputado.

Não é a primeira iniciativa de um petista na Câmara para apurar a situação da distribuição de energia elétrica em São Paulo, cidade comandada pelo prefeito e candidato à reeleição Ricardo Nunes (MDB).

Ainda na segunda, o deputado Carlos Zarattini (PT-SP) pediu a realização de uma audiência pública na Câmara para debater o apagão na capital paulista, com representantes da prefeitura e do Ministério de Minas e Energia.

Aneel já sabia do risco

Como noticiou a coluna, um relatório de fiscalização elaborado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) feito em junho deste ano já alertava sobre a possibilidade de um apagão em São Paulo por falta de medidas da Enel.

O documento obtido pela coluna alertava que as medidas tomadas pela Enel após um apagão em novembro de 2023 eram insuficientes para evitar novas quedas de energia generalizadas na cidade durante o período chuvoso.