
A Justiça de São Paulo autorizou uma busca e apreensão na casa de Daniel Lucas Pereira, um dos suspeitos envolvidos no caso Vitória, que teve seu celular foi apreendido pela Polícia Civil. O celular do homem, apreendido pela polícia, continha gravações do trajeto da jovem, desde o ponto de ônibus até a casa da vítima.

Caso Vitória ganha novo desdobramento após polícia apreender celular de um dos suspeitos com imagens do trajeto da vítima – Foto: Reprodução/ND
“O celular dele está sendo encaminhado para perícia, mas já visualizamos que nele tem imagens gravadas no caminho entre o ponto de ônibus até a residência da vítima”, afirmou Luiz Carlos do Carmo, diretor da Polícia Civil na Grande São Paulo, ao Domingo Espetacular, da TV Record.
Segundo testemunhas, o suspeito foi visto encapuzado próximo ao ponto de ônibus onde Vitória desceu. O homem também teria participado do velório da adolescente, o que aumentou ainda mais as suspeitas sobre Daniel no envolvimento no crime.

Diretor de Polícia Civil, Luiz Carlos do Carmo, afirmou que o aparelho continha imagens da vítima – Foto: Balanço Geral/ND
Caso Vitória: polícia encontra local onde adolescente foi mantida em cativeiro por dois dias
A Polícia Civil de São Paulo identificou o local onde a adolescente Vitória Regina de Souza, de 17 anos, foi mantida em cativeiro por dois dias antes de ser assassinada. O caso Vitória ganhou novos detalhes após a prisão de Maicol Antonio Sales dos Santos, dono do Corolla onde foram encontrados fios de cabelo que podem ser da vítima.
Inconsistências no depoimento de Maicol levaram à sua prisão. Testemunhas relataram ter visto o carro parado próximo ao local onde Vitória desceu e ouviram uma discussão na residência do suspeito. A vítima apresentava sinais de tortura, estava decapitada, com o cabelo raspado e as mãos cobertas por um saco plástico.

Polícia encontrou o local onde Vitória foi mantida em cativeiro por dois dias, antes de ser morta – Foto: Balanço Geral/ND
A Polícia Civil acredita que Vitória não foi morta no local onde foi encontrada, mas sim deixada lá em uma tentativa de ocultar o cadáver, que já estava em avançado estado de decomposição. O caso Vitória também investiga a possível ligação dos suspeitos com o crime organizado.
A adolescente desapareceu em 26 de fevereiro, após sair do trabalho como operadora de caixa em um restaurante de Cajamar. Ela havia começado a trabalhar no local quatro dias antes. Naquele dia, o carro do pai estava quebrado, e ela precisou voltar de ônibus.
O corpo foi encontrado uma semana depois, com a ajuda de cães farejadores. A adolescente foi encontrada esquartejada em 5 de março, em uma área de mata em Cajamar, a cerca de 5 km de sua casa.