BDMG oferece R$ 1,4 bi em créditos para financiar o agronegócio mineiro, incluindo a cafeicultura


Recursos chegarão às cooperativas, produtores rurais e empresas, entre eles a cadeia do café em que Minas Gerais é líder nacional. O BDMG tem diversas linhas de financiamento destinadas à cafeicultura.
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O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) tem R$ 1,4 bilhão em crédito para financiar o agronegócio do Estado na recém-iniciada Safra 2024/2025, volume 15% superior ao total liberado pelo Banco no último período. Entre as iniciativas que podem ser financiadas estão a compra de equipamentos, a construção de silos e armazéns, práticas inovadoras e sustentáveis no campo, tudo isso aplicável à cafeicultura mineira, líder na produção nacional do setor.
Os financiamentos à cafeicultura são realizados por meio de diversas linhas, principalmente o Funcafé que permite apoiar produtores, via cooperativas de produção, na comercialização, compra e venda do café e capital de giro.
É o caso da MinaSul, cooperativa localizada em Varginha, no Sul do Estado, e segunda maior exportadora de café no Brasil. A partir da parceria com o BDMG ela garante apoio aos seus dez mil associados. “O Funcafé nos permite comprar o produto do produtor e, assim, dar liquidez quando desejam vender o café. A linha de estocagem garante que o produtor possa armazenar o café para vender depois, quando ele espera que o preço melhore. O crédito que captamos junto ao BDMG tem taxas mais baixas em relação ao mercado e prazos adequados”, explica o diretor financeiro da cooperativa, Marcelo Ramos.
Adriano Corrêa Brito é produtor cooperado em Minas Gerais.
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Entre os cooperados da MinaSul está o cafeicultor Adriano Brito. Ele avalia que o crédito contratado pela cooperativa tem impacto direto para que ele e os demais produtores associados sejam mais competitivos no mercado. “Com a MinaSul, o nosso café gira o mundo com qualidade e valor agregado. O apoio dela acontece em toda a cadeira produtiva, com agrônomos, oferta de máquinas e equipamentos, venda de produtos. Quando o cafeicultor está descapitalizado, ela nos dá prazo. A parceria da cooperativa com o BDMG garante um recurso com custo abaixo do mercado para que o agro se sustente”, aponta Brito, que há 41 anos produz café em Três Pontas, no Sul de Minas, produto que está na história da sua família há quatro gerações.
Atuação destacada
Desde o ano safra 2018/2019, o BDMG desembolsa 100% dos recursos do Funcafé destinados ao Banco e, nos últimos dez anos, já são R$ 2,2 bilhões liberados nesta linha.
O presidente do BDMG, Gabriel Viégas Neto, ressalta que o setor Agro representa cerca de 40% de todos os financiamentos realizados pelo Banco nos últimos 12 meses, o que reforça a contribuição da instituição para o fomento do setor. “O BDMG garante o suporte aos produtores mineiros. Cada crédito se converte em mais desenvolvimento regional, emprego e renda na ponta, o que repercute em todas as regiões do Estado”, afirma, lembrando que o Agro representa 22% do PIB mineiro, segundo a Fundação João Pinheiro.
Entre janeiro e agosto de 2024, o agronegócio mineiro alcançou marca histórica somando US$ 11,1 bilhões em exportação, uma alta de 15% em relação ao mesmo período do ano anterior. O café representou cerca de 41% desse total com o embarque de 19 milhões de sacas para 85 países.
Veja como o BDMG valoriza o agro mineiro:
BDMG oferece R$ 1,4 bi em créditos
Capacitação em café
Além de ofertar o crédito, o BDMG passou a oferecer capacitação gratuita com foco na cafeicultura regenerativa. O objetivo é estimular a agricultura sustentável e descarbonizante no Estado e contribuir para a competitividade do agronegócio mineiro.
A formação é realizada para 1024 produtores rurais, profissionais da assistência técnica e engenheiros do setor público e privado, de 261 cidades mineiras, que se inscreveram para as aulas virtuais. O volume de inscritos é mais do que o dobro da capacitação realizada em 2023.
“Não basta oferecer crédito, é preciso capacitar e conscientizar quem produz. Sabemos que produzir e comercializar alimentos no contexto da crise climática é um grande desafio e as tecnologias da agricultura tropical regenerativa passam a ser fundamentais. Temos um caminho sem volta para produzir em larga escala e ao mesmo tempo regenerar o solo e preservar a biodiversidade e os mananciais de águas”, reforça o presidente do BDMG, Gabriel Viégas.
A iniciativa é uma parceria do BDMG com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Cerrados, sendo realizada pelo Grupo de Agricultura Sustentável (Gaas).

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