Brumadinho: Esplanada amanhece com 272 cruzes em memória às vítimas

Rompimento da barragem Mina Córrego do Feijão, em BrumadinhoVinicius Mendonça/ Ibama

Nesta quinta-feira (25), a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, amanheceu com 272 cruzes fincadas no gramado. O ato ocorre em homenagem e em busca de justiça pelas vítimas que foram mortas na tragédia da Vale, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Cada cruz traz o nome de uma das vítimas mortas com o rompimento da barragem na Mina Córrego do Feijão, no dia 25 de janeiro de 2019. No total, morreram 270 pessoas – duas delas estavam grávidas.

O ato na Esplanada foi iniciativa do deputado federal Pedro Aihara (Patri-MG), que é bombeiro e fez parte das equipes de resgate das vítimas após a tragédia. A homenagem começou às 7h30 desta quinta.

Ninguém foi punido

Até o momento, as investigações não foram concluídas e não houve nenhuma condenação. Ao todo, as empresas Vale e a alemã Tüv Süd, além de mais 16 pessoas foram denunciadas pelo rompimento da barragem na Mina Córrego do Feijão.

Os envolvidos foram denunciados por homicídio qualificado, além de crimes contra a fauna, crimes contra a flora e crime de poluição.

Até a última atualização desta publicação, ninguém havia sido condenado. Em nota, a Vale ressaltou “seu respeito às famílias impactadas pelo rompimento da barragem” e afirmou que “segue comprometida com a reparação dos danos, o que vem avançando de forma consistente e nas bases pactuadas no acordo judicial de reparação integral e em outros compromissos firmados para indenização individual”.

“A empresa ratifica que sempre norteou suas atividades por premissas de segurança e que nunca se evidenciou nenhum cenário que indicasse risco iminente de ruptura da estrutura B1”, declarou.

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