Após tombar na Lua, missão com módulo lunar dos Estados Unidos será interrompida


Expectativa era a de que a missão durasse até 10 dias. No entanto, empresa disse que deve perder contato com o módulo apenas 5 dias após o pouso. Módulo lunar da Intuitive Machines se aproximando da Lua
Intuitive Machines/Nasa
A missão espacial da Intuitive Machines, que enviou um módulo para a Lua, será interrompida cinco dias após o pouso no satélite natural da Terra. A empresa afirmou que deve perder o contato com a sonda na terça-feira (27), uma vez que o equipamento tombou em solo lunar.
O envio do módulo privado “Odysseus” marcou o retorno dos Estados Unidos à Lua após mais de 50 anos. O pouso foi feito na quinta-feira (22), pouco depois de os controladores tentarem corrigir um problema de navegação que havia sido identificado.
Mesmo com os controladores terem conseguido pousar o módulo, a sonda tombou em uma rocha, o que trouxe problemas no envio de dados, já que duas antenas da sonda ficaram apontadas para baixo.
A expectativa da Nasa era a de que o módulo operasse por um período de sete a 10 dias. A sonda deveria recolher dados sobre o ambiente lunar em uma preparação para o envio de uma missão tripulada à Lua prevista para acontecer até 2026.
Ainda não está claro se haverá perda de dados científicos com a interrupção prematura da missão.
“Os controladores de voo pretendem recolher dados até que os painéis solares do módulo não estejam mais expostos à luz. Com base no posicionamento da Terra e da Lua, acreditamos que os controladores de voo continuarão a comunicar com o Odysseus até terça-feira de manhã”, informou a empresa.
A Intuitive Machines afirmou que um erro humano levou a uma falha de voo dos telêmetros da espaçonave guiados a laser. Os telêmetros são responsáveis por fornecer informações de altitude e velocidade ao sistema de navegação da missão.
Na sexta-feira (23), a empresa disse que os telêmetros a laser estavam inoperantes porque os engenheiros não destravaram o interruptor de segurança antes do lançamento, em 15 de fevereiro. Essa falha só foi detectada pouco antes do pouso na Lua.
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Pouso histórico
O pouso em solo lunar foi o primeiro conduzido pelos Estados Unidos desde a Apollo 17, em 1972. A missão da Nasa feita há 51 anos levou os astronautas Gene Cernan e Harrison Schmitt. Desde então, nenhum humano retornou ao satélite natural.
O módulo entrou na órbita da Lua na quarta-feira (21) e ficou circulando a cerca de 92 km da superfície do satélite. A empresa informou que estava conseguindo receber com sucesso imagens e dados do voo.
A missão, chamada de IM-1, conta um módulo de pouso de mais de quatro metros de altura e transportou seis cargas de instrumentos para recolher dados do ambiente lunar.
O envio do módulo conduzido pela Intuitive Machines e apoiado pela Nasa tem como objetivo preparar o envio de astronautas à Lua até 2026, por meio da missão Artemis 2.
Antes do retorno do homem à Lua, a Nasa optou por contratar empresas privadas para levar equipamentos até o satélite natural. No caso da Intuitive Machines, esta foi a primeira tentativa de uma missão lunar da empresa.
Em janeiro, a empresa Astrobotic tentou uma missão parecida, que acabou falhando após um vazamento de combustível.
Recentemente, Índia e Japão também conseguiram fazer com sucesso pousos na Lua.
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