‘Não volto ao Rio nunca mais’, diz adolescente baleada após pai entrar por engano na Maré

Menina diz que não ficou trauma, mas garante que não volta ao Rio. Após quase 20 dias internada, jovem teve alta no domingo (6). A adolescente Valentina Betti Simioni, de 14 anos, baleada na lombar, no dia 18 de setembro, no Complexo da Maré, Zona Norte do Rio de Janeiro, que recebeu alta neste domingo (6), disse nesta terça-feira (8), em um vídeo enviado ao g1 e TV Globo, nunca mais voltará ao estado.
A jovem afirmou ainda que não está com trauma do que aconteceu. Valentina afirmou que já consegue andar e está se recuperando do tiro.
“Eu estou muito bem, conseguindo andar, me recuperando muito bem, graças a Deus. Não ficou trauma, mas eu não volto ao Rio nunca mais”, contou a adolescente.
Após o ocorrido, Valentina ficou internada no Hospital Getúlio Vargas, no bairro da Penha, no Rio de Janeiro. No último dia 23, ela foi transferida para um hospital particular em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Agora, a adolescente se recupera na casa da tia, a influenciadora digital Kamila Simioni.
Aliviada com a recuperação da adolescente, a família cobra posicionamento das autoridades, já que, até o momento, ninguém foi preso. “Esse é o ponto que desejamos abordar agora”, desabafou Simioni.
A Polícia Civil do RJ limitou-se a dizer que “a investigação está em andamento e segue sob sigilo. Os autores continuam sendo procurados”.
‘Depois do susto só vi milagres’
Para Michel Simioni, pai da adolescente, o fato de a filha ter sobrevivido foi um grande milagre.
“Desde o momento do tiro, é a Valentina que está segurando a onda. Ela é a primeira a ter bom humor, a primeira a pensar no futuro, a primeira a não desanimar. Não tem como esmorecer com ela por perto. Depois do susto só vi milagres: o trajeto da bala, o tiro de lesão, os profissionais que encontramos pelo caminho. Não tenho o que reclamar. Só agradecer”, desabafou o pai.
Entenda o caso
Valentina Betti Simioni e o pai, Michel Simioni, que são de Belo Horizonte, foram até o Rio de Janeiro para emitir o visto. No dia 18 de setembro, eles saíam do Consulado Americano, no Centro, quando o pai da adolescente, dirigindo uma Mercedes, errou o acesso de uma das avenidas e, seguindo as orientações do GPS, virou em uma das entradas para o Morro do Timbau.
Pai e filha foram abordados por homens de fuzil em um HRV azul, ordenando que parassem. Porém, o motorista acelerou, e os bandidos atiraram. O carro foi atingido por vários tiros, e um deles atingiu a adolescente na região da lombar.
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