Dólar abre em alta e bate R$ 5,50, com preço do petróleo e sabatina de Gabriel Galípolo no radar


Na véspera, a moeda norte-americana teve ganho de 0,55%, cotada a R$ 5,4853. Já o principal índice de ações da bolsa subiu 0,17%, aos 132.018 pontos. Cédulas de dólar
John Guccione/Pexels
O dólar abriu em alta nesta terça-feira (8), com investidores na expectativa pela sabatina do indicado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a presidência do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.
A expectativa é que a sabatina, marcada para esta terça-feira, seja marcada por cobranças sobre juros, defesas do atual presidente da instituição, Roberto Campos Neto, e questionamentos sobre os efeitos das guerras na nossa economia — e como o BC poderá agir nesse cenário.
Além disso, os mercados também seguem em compasso de espera pelos dados de inflação no Brasil e nos Estados. Os indicadores estão previstos para esta semana e devem dar novos indícios sobre quais serão os próximos passos dos bancos centrais na condução da política monetária brasileira e norte-americana.
As tensões no Oriente Médio também seguem no radar dos investidores, em meio aos ataques de Israel ao Líbano. Na mira, fica o novo avanço dos preços do petróleo, que companham a escalada do conflito por lá. Na véspera, o petróleo tipo Brent voltou a fechar acima dos US$ 80 (R$ 437) por barril.
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Veja abaixo o resumo dos mercados.
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Dólar
Às 09h01, o dólar tinha alta de 0,33%, cotado a R$ 5,5032. Veja mais cotações.
Na véspera, a moeda norte-americana subiu 0,55%, a R$ 5,4853.
Com o resultado, acumulou:
alta de 0,55% na semana;
avanço de 0,70% no mês;
ganho de 13,04% no ano.

O
Ibovespa
Já as negociações no Ibovespa, por sua vez, começam a partir das 10h.
No dia anterior, o índice subiu 0,17%, aos 132.018 pontos.
Com o resultado, acumulou:
alta de 0,17% na semana;
perdas de 0,12% no mês; e
recuo de 1,65% no ano.

O que está mexendo com os mercados
O principal destaque desta terça-feira (8) fica com a sabatina de Gabriel Galípolo na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) no Senado.
Investidores ainda aguardam os novos dados de inflação no Brasil e nos Estados Unidos, previstos para os próximos dias.
A expectativa é que os indicadores de preços deem novos indícios sobre quais devem ser os próximos passos dos bancos centrais dos dois países na condução da política monetária.
Nos Estados Unidos, dados do mercado de trabalho norte-americano divulgados na última sexta-feira já haviam indicado que o Fed pode reduzir o ritmo ou a magnitude do seu ciclo de corte nas taxas de juros do país.
Isso porque o payroll, que reúne diversos dados de emprego do país, mostrou uma taxa de desemprego de 4,1% em setembro. Esse número representa uma leve melhora em relação ao mês anterior, quando a taxa ficou em 4,2%. O mercado esperava que a taxa se mantivesse nesse patamar.
Já o número de criação de vagas não-agrícolas ficou em 254 mil, muita acima dos 147 mil esperados e dos 159 mil registrados no mês anterior. Esses dados são importantes porque uma geração forte de empregos pode continuar pressionando a inflação no país.
Diante desse cenário, também fica no radar do mercado a ata da última reunião do Fed, que deve ser divulgada na quarta-feira. Em seu último encontro, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) diminuiu a taxa básica norte-americana em 0,50 ponto percentual.
Falar de dirigentes do Fed também ficam sob os holofotes.
Ainda no exterior, a escalada dos conflitos no Oriente Médio seguem na mira dos investidores. Nos últimos dias, o Líbano tem sido albo de bombardeios aéreos de Israel, que mira alvos do grupo extremista Hezbollah.
Os ataques têm atingido também civis, e dois cidadãos brasileiros já morreram desde a intensificação dos combates, a partir do dia 20 de setembro.
Na madrugada do último sábado (5), as Forças de Defesa de Israel tentaram uma nova operação por terra. Hezbollah disse que militares israelenses tentaram se infiltrar em uma cidade do sul do Líbano, o que resultou em conflitos armados. Além disso, Beirute voltou a ser bombardeada.
No domingo (6), o avião da Força Aérea Brasileira (FAB), que fez o primeiro voo de repatriação de brasileiros no Líbano, pousou na base aérea de Guarulhos, em São Paulo. As 228 pessoas foram recepcionadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Repatriados do Líbano são recebidos por Lula na Base Aérea de Guarulhos
Já no Brasil, os dados de inflação também estão entre os mais aguardados da semana. No cenário fiscal, investidores repercutem o lançamento de novas medidas de aumento de arrecadação por parte do governo.
Na semana passada, a balança comercial brasileira reportou um superávit de US$ 5,363 bilhões em setembro. Os dados foram divulgados pelo Ministério do desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
A pasta também reduziu sua projeção para o saldo total no fechamento deste ano, para um superávit de US$ 70,4 bilhões. A previsão anterior era de US$ 79,2 bilhões.
Na agenda, o mercado monitora as novas projeções do Boletim Focus, do Banco Central, que registraram uma nova alta para a inflação deste ano (de 4,37% na semana passada para 4,38% no relatório desta semana).

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