Novidade no cardápio: alunos terão pitaya na merenda escolar em cidade do interior de MG


Fruta de sabor adocicado e suave, aparência exótica, rica em vitaminas e fibras, estará na merenda escolar em São Sebastião do Oeste. Compra da pitaya ocorreu pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). Pitaya estará nas merendas escolares em São Sebastião do Oeste
Emater/Divulgação
Alunos de escolas públicas de São Sebastião do Oeste, no Centro-Oeste de Minas, terão uma novidade no cardápio da alimentação escolar. A pitaya fará parte da merenda dos estudantes neste ano.
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A pitaya é uma fruta de sabor adocicado e suave, aparência exótica, rica em vitaminas e fibras, com excelente qualidade digestiva e baixo teor calórico.
É uma planta perene e pode produzir por aproximadamente 15 anos.
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Compra pelo Pnae
A compra da fruta pelo Município foi feita por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). Serão adquiridos até 600 quilos anuais de pitaya in natura e 800 quilos da fruta congelada.
A lei que regulamenta o programa estabelece que o mínimo de 30% dos recursos repassados aos estados e municípios pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), para a alimentação escolar, devem ser utilizados na compra de alimentos produzidos pela agricultura familiar.
É o caso da produtora Nedina Rodrigues Teixeira. Ela e o marido Eliezer Oliveira fizeram os primeiros plantios de pitaya no município há quatro anos. São pioneiros no cultivo da fruta em São Sebastião do Oeste.
Hoje os dois têm quase 5 mil pés da fruta em uma área de 1,5 hectare. Até então, a venda era feita apenas no comércio da região. Agora, com a inclusão da fruta na alimentação escolar, o casal vê uma boa oportunidade de tornar a pitaya mais conhecida. Além do consumo in natura, ela pode ser usada para fazer vitaminas, bolos e sorvetes.
“Vai ajudar demais. Nós da agricultura familiar temos mais dificuldades de colocar o produto no mercado. Colocando a fruta nas escolas, as crianças vão gostar. A fruta vai ficar mais conhecida, vai aumentar a divulgação e ajudar muito os pequenos produtores”, afirma Nedina Teixeira.
A técnica da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG), Nádia Machado Rodrigues, conta que, no ano passado, promoveu um dia de campo no sítio do casal de produtores para apresentar a fruta para outros agricultores do município e para responsáveis pela alimentação das escolas públicas de São Sebastião do Oeste, como cantineiras e nutricionistas.
A pitaya em MG
A área plantada da pitaya em Minas Gerais, apesar de pequena, está em expansão, com predominância da agricultura familiar. Segundo a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG), em 2022, 137 produtores investiam na pitaya. As lavouras cultivadas com a fruta no estado ocupavam 116 hectares, com uma produção de 682 toneladas. Deste total, 51,1% eram provenientes da agricultura familiar.
Já no ano passado, foram identificados 318 produtores de pitaya, com uma área de 158 hectares em Minas Gerais. A produção foi de 1.558 toneladas. A participação da agricultura familiar também cresceu e passou para 68,2%.
“A pitaya tem um custo inicial mais alto de implantação, porque é uma planta trepadeira e precisa de sustentação. Mas ela se desenvolve bem, com pouca incidência de pragas e doenças. A fruta tem um preço atrativo e é uma boa atividade para a agricultura familiar, com plantio em pequenas áreas”, explica o coordenador de Fruticultura da Emater-MG, Deny Sanábio.
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