Café Girondino, o mais antigo de SP e que está fechado desde junho, ganha nova gestão e tem reabertura prevista para novembro


Estabelecimento está de portas fechadas desde junho. Os novos gestores pretendem unir a tradição da marca, criada na época imperial, a aspectos modernos. Projeto 3D da fachada do Café Girondino, no Centro de SP
Divulgação/Fábrica de Bares
Estabelecimento da época imperial localizado no Centro de São Paulo e , o Café Girondino deve reabrir suas portas ao público a partir de novembro deste ano.
O anúncio foi feito nesta segunda-feira (30) pela Fábrica de Bares, empresa que assumiu a gestão do espaço após ele encerrar suas operações no último mês de junho.
Os novos gestores planejam realizar mudanças “pontuais” no local, unindo tradição e modernidade, como fizeram com o bar Riviera, na região da Consolação.
Interior do Café Girondino, no Centro de SP
Cíntia Acayaba/g1
“O objetivo é restabelecer o Café Girondino como um ponto de encontro vital no Centro de São Paulo, oferecendo uma gastronomia clássica e um ambiente acolhedor que conta a história da cidade”, disse Caire Aoas, sócio da Fábrica de Bares.
Dentre as novidades anunciadas para o que é considerado o café mais antigo da capital, estão:
Revisão do cardápio;
Modernização do espaço e de seus utensílios;
Expansão do atendimento para a calçada;
Oferta de agenda cultural — música, apresentações e exposições;
Implementação de delivery.
A empresa também planeja fazer a requalificação da praça localizada em frente ao estabelecimento, onde há um canteiro de obras do Metrô instalado.
Apesar de ter sua reabertura prevista para novembro deste ano, o estabelecimento só deve operar plenamente em 2025, com a implementação das mudanças propostas.
Interior do Café Girondino, no Centro de SP
Cíntia Acayaba/g1
Portas fechadas
O Café Girondino foi inaugurado na Rua São Bento em 1998. Antes, entre 1875 e 1920, ele funcionou na esquina da Rua 15 de Novembro com a Praça da Sé. Na época do Brasil Império, o local era visitado pelos barões do café.
O estabelecimento, que se autodeclarava uma “instituição paulistana”, fechou suas portas em 3 de junho, após 26 anos de funcionamento.
Em comunicado nas redes sociais, os proprietários informaram que a “pandemia deixou cicatrizes que não curaram. Lutamos bravamente. Não nos faltou valentia e resiliência. Há quase uma semana a nossa porta está fechada. E assim permanecerá”.

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