Indústria catarinense se destaca na contratação de mulheres

Indústria catarinense se destaca na contratação de mulheres

Carreira de sucesso: Marlisa Silva gerencia 25% do faturamento das principais contas dos clientes da indústria têxtil de Blumenau – Foto: Matheus Nunes/Divulgação ND

Elas ocupam mais de 379 mil postos de trabalho nas indústrias catarinenses e alcançam a marca de 31,3% na representatividade dos empregos neste setor da economia de Santa Catarina. Os números colocam o estado no topo do ranking nacional da contratação de mão de obra feminina no segmento industrial.

Os dados revelam a força do trabalho das mulheres e uma mudança de paradigmas nas próprias fábricas. Se no passado este era um local massivamente de homens, no presente as oportunidades fizeram as mulheres serem protagonistas de um novo momento no desenvolvimento econômico e na construção da carreira profissional.

“Cinco promoções”, comemora Marlisa Silva, gerente de Key Account da Altenburg. Ela começou na centenária indústria têxtil de Blumenau (SC) como analista de informática. São três décadas dedicadas à empresa e uma trajetória de sucesso.

“Eu sou de uma família de origem bem humilde. Hoje quando eu olho, faço parte do time estratégico da empresa, das decisões de uma das maiores empresas do Brasil no ramo têxtil”, conta. Marlisa integra o grupo formado por  61% de mulheres entre os 2.040 colaboradores da Altenburg.

Em Santa Catarina, o setor têxtil, confecção, couro e calçados tem a maior concentração de mulheres em relação aos homens. Conforme os dados do Observatório da FIESC (Federação das Indústrias de Santa Catarina), neste segmento, elas  representam 67,7% da força de trabalho e eles 32,3%.

Oportunidade de qualificação e reconhecimento

Os números revelam a importância da igualdade de gênero no mercado de trabalho.  “Nós já sabemos e tem pesquisas que a diversidade de gêneros dentro da indústria pode ser uma vantagem competitiva e a pluralidade de competências inclusive pode aumentar o lucro das nossas indústrias”, pontua Silvia de Pieri, gerente do SESI e SENAI no Vale do Itajaí. Pieri destaca ainda outro fator. As mulheres estudam mais e buscam mais estabilidade nas carreiras dentro do mundo corporativo.

Indústria catarinense se destaca na contratação de mulheres

Silvia de Pieri destaca a contribuição das mulheres em cargos de gestão no crescimento das indústrias de Santa Catarina – Foto: Divulgação ND

Jaqueline Iatzac Reiter chegou na Altenburg há 27 anos com quase nada de experiência. Hoje tem um cargo na gestão de desenvolvimento humano.

“A empresa oferece desde programas de formação, auxílio com bolsas de estudos”, lembra. A indústria catarinense é um caminho fértil para quem sonha com o crescimento profissional. O setor ajuda a formar e a desenvolver as pessoas para construir escadas onde crescem juntos a empresa e o  trabalhador.

Indústria

Com pouca experiência, Jaqueline Iatzac Reiter alcançou voos cada vez mais altos e atualmente faz a gestão de mais de dois mil colaboradores na Altenburg – Foto: Matheus Nunes/Divulgação ND

Trabalhe na indústria

Em 2021 a FIESC criou a plataforma Emprego Já para estimular o desenvolvimento  social e econômico do estado. A ferramenta gratuita é um elo entre as empresas e as pessoas que buscam oportunidades no mercado de trabalho.

Empresários conseguem cadastrar as vagas disponíveis e consultar os mais de 86 mil currículos ativos. Quem busca um emprego também pode se cadastrar sem qualquer custo. Para acessar o sistema basta entrar no site trabalhenaindustria.com.br.

A FIESC não faz a intermediação das contratações. A relação de interesse é feita diretamente entre as empresas e os candidatos. Atualmente a indústria catarinense ajuda a transformar a vida de 900 mil trabalhadores.

Fonte: IBGE – PNAD Contínua – Média de 2023 (Microdados); Observatório FIESC (2024)

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