O que você precisa saber sobre a tempestade geomagnética que atinge a Terra nesta quarta

Uma tempestade geomagnética, inicialmente prevista para acontecer na manhã desta quarta-feira (25), chegou mais cedo que o esperado, conforme o guia de observação espacial EarthSky.org. O evento foi gerado após uma CME (ejeção de massa coronal), resultado de uma explosão solar, intensificada pelo equinócio.

Imagem de aurora boreal entre as árvores

O evento foi gerado após uma ejeção de massa coronal, resultado de uma explosão solar, intensificada pelo equinócio – Foto: Canva/Divulgação/ND

Segundo o guia, no domingo (22), uma erupção solar de classe M (moderada) ocorreu na mancha solar AR3835, surpreendendo especialistas, já que essa região do Sol parecia estável. A CME resultante viajou a mais de um milhão de quilômetros por hora em direção à Terra.

Enquanto isso, na noite da terça-feira (24), um impacto tangencial atingiu a magnetosfera, a barreira protetora do planeta, por volta das 21h (horário de Brasília). Após isso, a partir das 2h45 da quarta-feira, um segundo período de tempestade gerou auroras visíveis na Escandinávia.

Equinócio e sua relação com tempestade geomagnética

Imagem de aurora boreal

Os impactos de CME não resultam em tempestade geomagnética significativa – Foto: Canva/Divulgação/ND

Normalmente, os impactos de CME não resultam em tempestades significativas, mas a coincidência da explosão solar com o equinócio de primavera potencializou o evento.

Durante os equinócios, o alinhamento entre o campo magnético da Terra e o solar facilita a ocorrência de tempestades geomagnéticas.

O “efeito Russell-McPherron” explica que, entre 1932 e 2014, as tempestades geomagnéticas ocorreram, em média, duas vezes mais durante os equinócios do que nos solstícios.

Impactos e classificações da tempestade geomagnética


Veja imagem da explosão solar – Vídeo: NOAA/Divulgação/ND

Essas tempestades podem interferir em sistemas de comunicação e redes elétricas, e em casos mais severos, podem provocar apagões.

Imagem de aurora boreal

A tempestade geomagnética pode interferir em sistemas de comunicação e redes elétricas, e em casos mais severos, podem provocar apagões – Foto: Canva/Divulgação/ND

O Centro de Previsão do Clima Espacial da NOAA classificou a recente tempestade como G1 (fraco), indicando impactos mínimos, com riscos limitados a áreas mais ao norte.

Auroras boreais impressionantes foram registradas em resposta a esse evento, ilustrando a beleza e a complexidade das interações entre o Sol e a Terra.

About last night.

Aurora Borealis over Washington’s Methow Valley

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— David Brunelle (@davidbrunelle.com) September 25, 2024 at 10:22 AM

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