Governistas e oposição divergem sobre discurso de Lula na ONU

Parlamentares da base do governo e de oposição divergiram nesta terça-feira (24/9) sobre o discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na abertura da 79ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em Nova York, nos Estados Unidos.

Durante a fala, o petista defendeu mudanças na estrutura da ONU, exigindo maior participação de países do Sul Global nos organismos internacionais, destacou a proteção do meio ambiente e condenou conflitos internacionais, como os que acontecem atualmente na Ucrânia e na Faixa de Gaza.

A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), disse que o discurso do chefe do Executivo levou uma importante mensagem e defendeu a necessidade de uma “governança global democrática”. “Maior parte dos países e da humanidade está excluída das decisões, enquanto as grandes potências e o sistema financeiro determinam guerras, a fome, a desigualdade e agravam a crise climática”, escreveu.

O deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) lembrou que Lula ter cumprimentado a delegação palestina no início de sua fala foi um “recado contundente contra o genocídio em Gaza”.

Congressistas de oposição, por sua vez, se indignaram com o trecho da fala de Lula onde o petista admitiu que “é preciso fazer mais” para combater as mais recentes crises climáticas do país.

“Lula envergonhou o Brasil perante o mundo ao confessar sua ineficiência no combate às enchentes no Sul e aos incêndios que assolam o país inteiro”, afirmou a deputada Silvia Waiãpi (PL-AP).

O deputado federal Sanderson (PL-RS) lembrou as mais recentes enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul: “O Sul enfrenta o maior desastre natural de sua história e o presidente Lula, ao invés de agir com firmeza, utiliza a ONU para confessar seu fracasso. Isso é inaceitável.”

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