Eleições 2024: MST tenta romper “preconceito” e mira voto dos curiosos

O Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) entra nas Eleições Municipais de 2024 disposto a romper preconceitos e conquistar o eleitorado que demonstra certa curiosidade pelo trabalho da organização. O movimento tem 603 candidatos espalhados por 363 cidades do país.

De acordo com Luana Carvalho, diretora do MST no Rio de Janeiro e integrante do grupo tático eleitoral da organização, o estereótipo de “invasor de terra” não vai impactar campanha eleitoral. O rótulo é pregado, sobretudo, por grupos de direita que se colocam contra as ocupações promovidas pelo movimento.

Para a diretora, por ser uma eleição proporcional, o voto desses eleitores pouco refletirá nos resultados da organização nas urnas.

“A gente não vai, nesse momento, disputar os votos dos bolsonaristas, da direita, de alguém que não gosta do MST, que acha que somos invasores de terras”, avalia a diretora.

“A gente quer dialogar com quem votou no [presidente] Lula, com quem, às vezes, conhece pouco do MST, mas acha interessante”, ressalta. “Queremos dialogar com esse público para que mais pessoas possam conhecer o MST, e desmistificar as dúvidas e os preconceitos”, pontua Carvalho.

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Ao todo, são 529 candidatos a vereador, 57 prefeitos e 16 vice-prefeitos. Carvalho estima que 80% das candidaturas do MST estão vinculadas ao Partido dos Trabalhadores.

Além da questão da reforma agrária, os candidatos do MST levantam as bandeiras do combate à fome e da defesa do meio ambiente, além da cultura, educação e saúde.

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