Policiais civis paralisam atividades parcialmente por 24 horas após não chegar a acordo com governo


Paralisação foi iniciada nesta quarta (24), um dia após a assembleia do sindicato. Categoria reivindica melhorias nos salários e protesta contra a falta de estrutura no trabalho e índices criminais do estado. Delegacia de Joana Bezerra, no Centro do Recife
Artur Ferraz/g1
O Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol) iniciou uma paralisação parcial, de advertência, nesta quarta-feira (24), com duração de 24 horas. A categoria reivindica melhorias nos salários e protesta contra a falta de estrutura para o desenvolvimento do trabalho e contra os altos índices criminais do estado.
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A paralisação foi anunciada na terça-feira (23), em uma assembleia seguida de passeata em frente ao Palácio do Campo das Princesas, a sede do governo estadual, no Centro do Recife, após a categoria recusar a proposta do estado para retomar as negociações em 7 de março.
Iniciada na manhã desta quarta, a paralisação inclui a suspensão de atividades desempenhadas por policiais civis, como emissão presencial de boletins de ocorrência (BO), emissões de RG e investigações, de acordo com o sindicato da categoria.
Ainda segundo o Sinpol:
A paralisação tem uma adesão de 80% da categoria;
Por causa dessa mobilização, há uma redução de 90% no registro de boletins de ocorrência;
Apenas são emitidos boletins de ocorrência online e medidas protetivas, além de prisões em flagrante ou por estupro.
Questionada sobre qual o percentual de policiais que aderiram à greve e quais serviços foram afetados, a Secretaria de Defesa Social (SDS) não respondeu. A secretaria também não informou se alguma nova data de negociação foi marcada com o sindicato.
O g1 visitou algumas delegacias durante a tarde desta quarta-feira e constatou que não havia atendimento.
Segurança pública
O governo do estado trocou os chefes das policiais Civil e Militar na segunda-feira (22), dois dias após confrontos entre torcedores do Sport e Santa Cruz, no Grande Recife, antes do clássico pelo Campeonato Pernambucano, que deixaram um policial militar e dois torcedores baleados.
Foram exonerados dos cargos o coronel Tibério César dos Santos e a delegada Simone Aguiar, que chefiavam a Polícia Militar e a Polícia Civil, respectivamente. No lugar, assumiram o coronel da PM Ivanildo Cesar Torres de Medeiros e o delegado Renato Márcio Rocha Leite, nessa ordem.
Além disso, o governo também confirmou, a 15 dias do carnaval, que o estado não vai contar com câmeras de videomonitoramento em locais estratégicos durante as festividades em quatro das maiores cidades do estado: Recife, Olinda, Caruaru e Petrolina.
No início de dezembro, todas as 358 câmeras estaduais foram desativadas pela Secretaria de Defesa Social após encerramento de contrato. Ao g1, especialistas em segurança pública avaliaram essas medidas como “falta de planejamento” e “desastrosas e reveladoras”.
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