Polícia procura dois comparsas de assaltante que matou delegado do Deic a tiros em SP; criminoso foi baleado e indiciado por latrocínio

Justiça decretou as prisões dos outros dois homens que deram cobertura ao criminoso que atirou. Enzo Campos foi atingido por sete tiros, mas sobreviveu. Mauro Guimarães levou dois disparos no peito e morreu. Enzo Campos (à esquerda) aparece no vídeo acima atirando em Mauro Soares (à direita) durante tentativa de roubo. Assaltante foi baleado, mas sobreviveu. Delegado foi atingido e morreu
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A polícia procura mais dois comparsas do assaltante que baleou o delegado Mauro Guimarães Soares, do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), durante troca de tiros numa tentativa de roubo no último sábado (21) na Lapa, Zona Oeste de São Paulo. Eles deram cobertura ao criminoso que atirou.
O agente da Polícia Civil foi atingido por dois disparos no peito. Ele chegou a ser levado de ambulância para o Hospital das Clínicas (HC), mas morreu depois. Ele tinha 59 anos e caminhava na calçada da Rua Caio Graco com a esposa, também policial, quando o casal foi abordado pelo criminoso, que estava numa moto.
Enzo Wagner Lima Campos também foi baleado no tiroteio, foi atingido por sete disparos, mas sobreviveu e até a última atualização desta reportagem seguia internado no Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (USP). A mulher não foi atingida e chamou socorro.
O caso foi gravado por câmeras de segurança. As imagens viralizaram nas redes sociais e estão sendo analisadas pela investigação (veja vídeo acima).
Enzo está preso com escola policial. Ele foi indiciado por latrocínio, que é o roubo seguido de morte. Em conversa informal com os investigadores, o assaltante falou que não agiu sozinho. O caso é apurado pela 1° Delegacia de Investigações sobre Roubos e Latrocínios do Deic.
“O autor dos disparos que vitimou o policial, permanece internado sob escolta e foi indiciado pelo crime de latrocínio”, informa trecho da nota divulgada pela Secretaria da Segurança Pública (SSP), por meio de sua assessoria de imprensa. “A autoridade policial trabalha com a possibilidade de outros dois envolvidos no crime. Detalhes serão preservados para garantir a autonomia do trabalho policial.”
Justiça decreta prisões de comparsas
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Em entrevista à TV Globo, Artur Dian, delegado-geral da Polícia Civil do estado de São Paulo, afirmou que a investigação identificou os outros dois comparsas de Enzo. E que a Justiça decretou as prisões deles. As identidades dos suspeitos não foram divulgadas.
“Nós já temos hoje duas prisões temporárias decretadas e as equipes continuam em diligência pra gente capturar esses dois indivíduos e entender a participação deles” falou Dian, neste domingo (22), após o enterro do delegado morto.
O delegado informou ainda que os dois comparsas aparecem em outras imagens que estão sendo analisadas pela polícia. Essas imagens não foram divulgadas.
“A gente tem outras imagens também de outras ruas. Então, a gente vê os dois trabalhando conjuntamente para a ação criminosa”, afirmou Dian.
As cúpulas das polícias militar e civil também estiveram no enterro.
Outras autoridades foram a cerimônia, que ocorreu num cemitério da Zona Sul da capital paulista. Entre elas, Alexandre de Moraes. O atual ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) foi secretário da Segurança Pública do estado de São Paulo entre 2015 e 2016 e era amigo da família de Mauro.
Ambulância socorreu assaltante Enzo Campos, que foi atingido por sete tiros, mas sobreviveu e foi internado num hospital
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