Queimadas já deixaram mais de 200 mil consumidores de Juiz de Fora e região sem energia elétrica neste ano, aponta Cemig


Em Juiz de Fora, principal cidade da região, nos primeiros oito meses de 2024 foram quase 2.200 clientes afetados por ocorrências na rede elétrica provenientes de queimadas. Área queimada no Bairro Igrejinha, em Juiz de Fora
Polícia Militar de Meio Ambiente/Divulgação
As queimadas já deixaram mais de 200 mil consumidores sem energia elétrica na Zona da Mata neste ano, segundo um levantamento da Cemig.
Em Juiz de Fora, principal cidade da região, nos primeiros oito meses de 2024 foram quase 2.200 clientes afetados por ocorrências na rede elétrica provenientes de queimadas. No mesmo período de 2023 foram cerca de 70 consumidores.
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“As queimadas não são um problema de rápida solução. Quando há dano aos postes e cabos condutores, é necessário substituir equipamentos – causando uma demora na religação dos circuitos atingidos. Além disso, em muitos casos, a Cemig tem que usar diversos recursos, como veículos especiais e até mesmo helicópteros”, explica o engenheiro líder da Cemig, Matheus Amaral.
O engenheiro também alerta que as queimadas perto de linhas de transmissão podem deixar hospitais, comércios e escolas sem energia. A prática é considerada um crime e pode resultar em prisão.
“Os equipamentos da rede elétrica, quando expostos às queimadas, têm seu funcionamento prejudicado, o que pode causar o desligamento de linhas de transmissão e distribuição e de subestações, bem como causar graves acidentes com pessoas que estão próximas a estas áreas”, completou.
Queimadas na região
O número de incêndios em vegetação na Zona da Mata mineira neste ano já supera o registrado no mesmo período de 2023. Até o dia 15 de setembro foram 2.963 registros na região.
As queimadas nos nove meses de 2024 são as maiores desde 2021, quando o número de incêndios registrados durante todo o ano foi de 1.704.
Segundo especialistas e o próprio Ministério do Meio Ambiente, todo esse aumento é uma consequência direta da piora climática do mundo e do poderoso El Niño deste ano, que trouxe secas longas principalmente à Amazônia.
“O grave aquecimento registrado nos últimos meses provocou mudanças de padrão, como o avanço do fogo para áreas de vegetação nativa”, destacou a pasta.
Em caso de incêndios, a Cemig (116) e o Corpo de Bombeiros (193) devem ser avisados o mais rápido possível. Vale destacar que todos podem denunciar a prática de queimadas ilegais, de maneira anônima, ligando gratuitamente para o telefone 181 (Disque Denúncia).
Incêndio na Serra do Brigadeiro
Paulo Roberto da Rádio
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