Chitãozinho e Xororó entregam show ‘pesado’ em prévia do Rock in Rio no Rodeio de Jaguariúna

Dupla fará, neste sábado, a primeira apresentação sertaneja da história do festival e deu um ‘spoiler’ na abertura de um dos maiores rodeios do Brasil. Cantores lançaram álbum novo nesta sexta e apresentaram uma das músicas inéditas. Chitãozinho e Xororó serão, mais uma vez, os responsáveis por escrever um capítulo inédito na música sertaneja. Neste sábado (21), a dupla, reconhecida por muitos como a maior e mais influente do gênero, fará o primeiro show sertanejo da história do Rock in Rio e, nesta sexta (20), na abertura do Jaguariúna Rodeo Festival, entregaram um show “pesado” já para fazer uma prévia do que deve acontecer na Cidade do Rock.
O som “grandioso” pôde ser visto claramente pelos arranjos e potência do instrumental da banda, com muitas linhas de guitarra e um trio de metais que deixou o som bem mais pesado do que normalmente acontece em apresentações sertanejas.
O show potente aliado a clássicos de irretocáveis cinco décadas de carreira e a qualidade vocal de Xororó foi uma equação como sempre, infalível. O que se viu na primeira apresentação da edição de 35 anos de um dos maiores rodeios do Brasil foi uma catarse do público encantado com os hits de quem escreveu a história da música sertaneja.
Escreveu e continua escrevendo. Tanto que, mesmo aos 54 anos de carreira, Chitãozinho e Xororó lançaram nesta sexta-feira um álbum novo só com músicas inéditas e, com 12 horas de lançamento, apresentaram ao vivo em Jaguariúna uma das canções. A escolhida foi “A gente grita”.
“Lançamos hoje um novo álbum, José e Durval, no mês que vem a nossa série, As aventuras de José e Durval, vai estrear na Rede Globo. A gente vai aparecer em cada episódio para cantar uma música do nosso novo álbum. A gente queria mostrar uma pra vocês. Ela é bem pesada, parecida com o que a gente está fazendo aqui hoje”, disse Chitãozinho no palco.
A turnê que Chitãozinho e Xororó levaram a Jaguariúna ainda comemora os 50 anos de carreira, com canções de todas as fases e trechos narrados por Pedro Bial. O início foi “Saudade da Minha Terra” e “60 dias apaixonado”.
Na sequência, veio “Página Virada”, seguida um dos maiores sucessos da história recente da dupla, “Sinônimos”, que tem uma clássica gravação com Zé Ramalho em 2005. “Eu Menti”, com um solo de guitarra de Xororó, “Brincar de ser feliz”, em um arranjo muito pesado de metais, e “Nuvem de Lágrimas”, levaram a plateia a loucura.
“A gente sempre foi conhecido por tentar inovar. Trouxemos instrumentos novos, de vários lugares do mundo, e esse é de um país bem proximo”, disse Xororó antes de “Vai pro inferno com seu amor”, que tem claras influências paraguaias.
Em seguida, foi a vez de “Galopeira”, com o clássico “galopímetro” que os irmãos fazem convidando o público a cantar o agudo mais famoso do Brasil no refrão “galopeeeeeeeeira”. Logo depois, veio a canção que levou Chitãozinho e Xororó ao Brasil: “Fio de Cabelo”.
“Cantar música caipira não era fácil, mas quis o destino que chegasse às nossas mãos essa cançao que mudou as nossas vidas”, afirmou Xororó.
A apresentação continuou com mais um momento de emocionar: “Alô” e “Se deus me ouvisse”, com o tradicional show de interpretação de Xororó.
“Vida marvada”, “Ela não vai mais chorar”, “O sistema é bruto”, “Bailão de peão” e “Nascemos pra cantar” antecederam a catarse maior. “Evidências”, uma das maiores músicas da história do Brasil e alçada à hino nacional, foi aclamada pelos fãs em delírio e os cantores ajoelhados no momento do coro da plateia à capela.
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