Dólar abre em alta nesta sexta, de olho em dados de atividade nos EUA e fiscal brasileiro


Na véspera, a moeda norte-americana recuou 0,70%, cotada a R$ 5,4241. Já o Ibovespa, principal índice de ações da bolsa, caiu 0,47%, aos 133.123 pontos. Cédulas de dólar
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O dólar abriu em alta nesta sexta-feira (20), no pregão final de uma semana de recalibragem das apostas por parte dos investidores, em meio a importantes decisões de política monetária no Brasil e no mundo.
Após o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) ter dado início ao ciclo de cortes de juros no país na última quarta-feira, com uma redução de 0,50 ponto percentual (p.p.) — levando o intervalo para 4,75% a 5% ao ano — os investidores voltam as atenções para novos dados de atividade e emprego, previstos para hoje.
A expectativa, segundo analistas, é que essas informações deem novas indicações sobre o próximo passo da instituição na condução dos juros da maior economia do mundo.
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Por aqui, o mercado monitora a divulgação do novo relatório de receitas e despesas do governo federal, em meio às contínuas preocupações com o quadro fiscal do país. A principal preocupação, segundo analistas, é que o governo volte a subestimar as despesas e a superestimar as receitas.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
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Dólar
Às 09h01, o dólar operava em alta de 0,27%, cotado em R$ 5,4388. Veja mais cotações.
Na véspera, a moeda caiu 0,70%, cotada em R$ 5,4241.
Com o resultado, acumulou:
queda de 2,57% na semana;
perda de 3,70% no mês;
avanço de 11,78% no ano.

Ibovespa
As negociações no Ibovespa, por sua vez, começam apenas a partir das 10h.
Na véspera, o índice caiu 0,47%, aos 133.123 pontos.
Com o resultado, acumulou:
queda de 1,30% na semana;
recuo de 2,12% no mês; e
queda de 0,79% no ano.

O que está mexendo com os mercados?
As últimas decisões de juros da “Superquarta” continuaram a movimentar os mercados nesta quinta-feira (19), à medida que investidores seguiram repercutindo os comunicados dos bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos.
Lá fora, o Fed anunciou sua decisão de cortar os juros do país em 0,50 ponto percentual (p.p.), para a faixa de 4,75% a 5% ao ano, na primeira redução da taxa desde março de 2020.
Apesar de a medida já ser esperada pelo mercado, a novidade ficou com o tamanho do corte, que ainda não tinha consenso entre especialistas. Inclusive, a própria decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) não foi unânime.
Dos 12 integrantes, 11 votaram a favor do corte de 0,50 p.p., incluindo Powell. O único voto divergente foi pela redução de 0,25 ponto.
Em comunicado, o Fomc afirmou que a medida veio “à luz do progresso na inflação e do equilíbrio de riscos”. Disse também que “continuará monitorando as implicações das informações recebidas para a perspectiva econômica”, sem dar sinais claros sobre os próximos passos. Saiba mais aqui.
“A decisão de um corte mais agressivo pelo Fed parece derivar das projeções de taxa de desemprego, que foram elevadas, apesar da manutenção na projeção do crescimento do PIB. (…) O Fed não mudou sua visão de taxa terminal, mas pretende adotar um ritmo de corte de juros mais rápido”, diz Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura Investimentos.
Já no cenário doméstico, o foco ficou com a decisão do Copom, anunciada ontem, após o fechamento do mercado. Como esperado, o comitê decidiu aumentar a taxa básica de juros (Selic) em 0,25 p.p., dando destaque para o afastamento das projeções de inflação da meta do Banco Central — resultado da atividade ainda resiliente e das dúvidas acerca do quadro fiscal.
Com o aumento, a Selic ficou em 10,75% ao ano. Juros maiores tornam os processos de tomada de crédito mais caros para a população e as empresas, o que tende a diminuir o consumo, os investimentos em expansão e desaquecer o mercado de trabalho.
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A previsão de uma nova alta da Selic já vinha aparecendo no boletim Focus, relatório do BC que reúne as projeções de economistas para os principais indicadores econômicos do Brasil.
A última edição do documento, divulgada na última segunda-feira, apontava para um aumento da taxa básica e indicava uma elevação para na estimativa de inflação para este ano e para o próximo e um crescimento de 3% do PIB em 2024.
Com as decisões de juros em foco, o mercado também segue de olho nos bancos centrais da Inglaterra, do Japão e da China. Nesta manhã, o BC britânico decidiu por manter as taxas básicas do país em 5%, ampliando o plano de redução de títulos por mais um ano.
Dados de emprego e atividade no Brasil e nos Estados Unidos também devem ficar no radar ao longo da sessão.

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