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“Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles, destacou-se no cenário cinematográfico ao ser indicado a três categorias do Oscar. Desde seu lançamento, o filme arrecadou R$ 104,6 milhões no Brasil, tornando-se a terceira maior bilheteria do país desde 2018, conforme dados da Ancine. A produção foi assistida por mais de 5,1 milhões de pessoas em território nacional, além de alcançar um faturamento de US$ 27,4 milhões no exterior, equivalente a R$ 159 milhões.
O filme teve uma distribuição ampla, sendo exibido em 420 das 439 cidades brasileiras, um recorde nos últimos sete anos. Internacionalmente, “Ainda Estou Aqui” também teve uma recepção calorosa, arrecadando US$ 4,26 milhões, cerca de R$ 24,8 milhões, desde sua estreia nos cinemas dos Estados Unidos e Canadá. O pico de exibição nos EUA ocorreu após as indicações ao Oscar, com o filme sendo exibido em 704 cinemas.
Como “Ainda Estou Aqui” se compara a outros filmes brasileiros?
Comparando com outras produções nacionais, “Ainda Estou Aqui” superou filmes como “Cidade de Deus” e “Central do Brasil” em termos de faturamento no mercado americano. Em Portugal, o filme estreou no topo das bilheterias, vendendo 37 mil ingressos no primeiro fim de semana e arrecadando R$ 11 milhões. Na França, a estreia ocorreu em 15 de janeiro, em 200 salas, e chegou a ser exibido em 475 salas, faturando R$ 12,7 milhões.
Além disso, “Ainda Estou Aqui” ocupa atualmente a quinta posição entre os filmes brasileiros com maior público. O líder é “Nada a Perder”, com 11,4 milhões de espectadores, seguido por “Minha Mãe É uma Peça 3” e “Minha Vida em Marte”. Embora “Nada a Perder 2” tenha atraído mais espectadores, “Ainda Estou Aqui” teve mais sessões, totalizando 106.841, em comparação com 53.044 sessões do primeiro.
Quais são os elementos narrativos e de produção que impulsionaram o sucesso do filme?
O enredo de “Ainda Estou Aqui” é baseado no livro de Marcelo Rubens Paiva e narra a história da família Paiva após o sequestro e assassinato do patriarca pela ditadura militar. Fernanda Torres interpreta Eunice, a viúva que enfrenta desafios para se adaptar à nova realidade. A produção também conta com Selton Mello e Fernanda Montenegro no elenco. O filme foi premiado no Festival de Veneza pelo melhor roteiro e Fernanda Torres recebeu o Globo de Ouro de melhor atriz em drama.
Apesar de abordar um tema sensível como a ditadura, a escolha de Walter Salles por um tom menos político contribuiu para o sucesso do filme, mesmo em regiões com forte apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Cidades como Joinville e Balneário Camboriú registraram altos índices de público, apesar de ensaios de boicotes por parte de grupos de direita.
Quais foram os prêmios e reconhecimentos recebidos por “Ainda Estou Aqui”?
Além das indicações ao Oscar, “Ainda Estou Aqui” recebeu o prêmio de Melhor Filme Ibero-Americano no Goya, a principal premiação do cinema espanhol, em 8 de fevereiro. A cerimônia do Oscar está marcada para 2 de março, no Teatro Dolby, em Los Angeles, e será transmitida pela Globo, TNT e pela plataforma de streaming Max.
O filme continua a atrair atenção e reconhecimento, consolidando-se como um marco no cinema brasileiro. As cidades que mais contribuíram para o sucesso de bilheteria incluem São Caetano do Sul, Niterói, Votorantim, Balneário Camboriú, Porto Alegre e Florianópolis, com São Paulo ocupando a 15ª posição.
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