Após 11 meses à espera de um coração, menino de 2 anos passa por transplante no InCor, em SP: ‘Presente de aniversário’


Davi D’Artibale nasceu com cardiopatia congênita que só foi descoberta no fim da gravidez. No último sábado (17), ele ganhou o novo órgão. Davi D’Artibale prestes a realizar o transplante de coração no InCor, em SP
Reprodução/Arquivo pessoal
Há 11 meses à espera por um transplante cardíaco, o menino Davi D’Artibale conseguiu passar pelo procedimento no último sábado (17), dando um novo significado a uma de suas letras favoritas do alfabeto: “C de coração”.
O garoto, que está prestes a completar 3 anos, nasceu com uma cardiopatia congênita (má-formação do coração), descoberta no fim da gestação. Com apenas três dias de vida, ele precisou passar por sua primeira cirurgia. Depois, vieram quase dois anos de uma rotina vivenciada dentro do hospital.
“Ganhou um novo coração de presente de aniversário”, disse a missionária Tatiana Cristina D’Artibale, mãe de Davi.
A família de cinco filhos morava em Boa Vista, Roraima, mas se mudou para Atibaia, no interior de São Paulo, para o tratamento do menino ser realizado na capital paulista. Os pais se revezavam para acompanhar o garoto no quarto cheio de brinquedos, dentro do Instituto do Coração (InCor).
Segundo a mãe, a última etapa do transplante, o fechamento do tórax, ocorreu sem nenhuma intercorrência, e o menino “está quietinho”.
Davi D’Artibale em quarto do InCor
Carlos Henrique Dias/g1
O g1 conheceu a história de Davi durante uma reportagem realizada em outubro do último ano sobre os 30 anos de realização de transplantes cardíacos no InCor, em São Paulo.
Na ocasião, o menino, que se mostrou cheio de carisma e muito inteligente, pegou várias cartinhas com as letras do alfabeto e foi comentando: “C de coração”, “D de Davi”.
Ainda naquele mês de outubro, Tatiana contou um pouco sobre a rotina de cuidar dos cinco filhos e passar parte do tempo no hospital.
“É uma rotina puxada, mas é o que a gente melhor entendeu que dá conta de cuidar do Davi e também dos outros quatro filhos que também precisam muito de nós. E eles sempre têm muita saudade do Davi. Ele fica muito feliz, e a gente sempre tenta trazê-los uma vez ao mês para visitar o irmão. Eles conversam e brincam para tentar diminuir um pouquinho essa saudade.”
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Com a realização do transplante, a expectativa é a de que, em breve, o menino possa voltar para o convívio diário com os irmãos.
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