Mulheres representam 30% dos candidatos aos cargos políticos em Rio Preto, segundo o TSE


Na cidade são seis candidatos a prefeito, ou seja, nenhuma mulher. Há apenas duas candidatas a vice-prefeita. Eleições 2024: número de candidatas mulheres diminuiu em relação a 2020
Em São José do Rio Preto (SP), não há nenhuma mulher entre os candidatos concorrendo à prefeitura da cidade. Apenas duas candidaturas a vice-prefeita, representando somente 33% do total de registros. Para vereadora, são 112 candidaturas que representam 32,7% de 263. Os números são do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
📲 Participe do canal do g1 Rio Preto e Araçatuba no WhatsApp
No Brasil, se comparadas aos homens, elas ainda representam uma parcela menor dentro da totalidade de candidatos.
Em 2024, 154.344 mulheres disputam as eleições municipais, distribuídas em 5.568 cidades brasileiras.
Ainda de acordo com o TSE, o número de candidatas aos cargos políticos municipais diminuiu mais 17% no país, em comparação com 2020.
Represa de São José do Rio Preto (SP)
TV TEM / Rogério Pedrozo
Cota de gênero
Em 1997, foi criada a lei de “cota gênero” em que, teoricamente, os partidos devem respeitar o percentual mínimo de 30% e o máximo de 70% dos gêneros.
A cientista política, Hannah Maruci, conta que esse tipo de política de ação afirmativa não cumpre nem o mínimo na maioria dos casos.
“Esse tipo de política de ação afirmativa é essencial para corrigir essa distorção, mas não cumprido nem o mínimo, que seria o primeiro passo, porque a partir do mínimo de 30% que o trabalho começa para chegar até a proporcionalidade entre os dois gêneros. Mas, acaba que o mínimo vira o “teto” para os partidos em um geral” , conta.
Hannah Maruci, cientista política que explicou para a TV TEM sobre a diminuição do número de mulheres nas candidaturas das eleições municipais
TV TEM/Reprodução
Além disso, Hannah explica sobre o conceito, dentro da política, em que apenas mulheres entendem as perspectivas e os problemas das mesmas.
“Não quer dizer que o homem não se importa, mas ele simplesmente não tem essa vivência. Então, uma mulher que é eleita tem uma visão de pautas e problemas que as mulheres realmente tem. Diferente de um homem que acaba não tendo esses problemas na rotina dele”, explica.
A estudante Vitória de Almeida Gomes diz que, como mulher, sente que as candidatas devem se posicionar mais e que merecem espaços importantes dentro do cenário político.
“Acredito que cada vez mais devemos mostrar nosso poder como mulher, pois a gente ainda tem muito mais lugares a serem conquistados”, finaliza.
Urna eletrônica
Reprodução/TRE-RN
Veja mais notícias da região em g1 Rio Preto e Araçatuba.
VÍDEOS: confira as reportagens da TV TEM

Adicionar aos favoritos o Link permanente.