Ex-presidente da Fundação Garibaldi Brasil é nomeado em gabinete da prefeitura um dia após ser exonerado

Andeson Gomes do Nascimento estava na presidência da Fundação Garibaldi Brasil (FGB) desde abril do ano passado e foi exonerado na terça (23). Nesta quarta (24), ele foi nomeado na comissão de assessor técnico do Gabinete do Prefeito da capital. Anderson Nascimento estava na presidência da FGB desde abril do ano passado e agora integra gabinete do prefeito Tião Bocalom
Arquivo pessoal
Um dia após a exoneração de Andeson Gomes do Nascimento da presidência da Fundação Garibaldi Brasil (FGB), em Rio Branco, o prefeito Tião Bocalom publicou nomeação, nesta quarta-feira (24), para que ele exerça cargo em comissão de assessor técnico do Gabinete.
LEIA TAMBÉM:
Artistas reivindicam pagamento de projetos da Lei Paulo Gustavo pela prefeitura de Rio Branco
A publicação foi feita no Diário Oficial do Estado (DOE). Andeson estava na presidência da fundação desde abril do ano passado, com salário-base de R$ 15.125,18, segundo o vencimento de dezembro, disponível no portal da transparência da Prefeitura da capital.
Com a nomeação em Cargo de Comissão 7 (CC-7), Andeson passará a receber, segundo a Lei Complementar nº 207 de 2022, cerca de R$ 8.640.
A exoneração da presidência da FGB foi publicada no DOE no dia anterior. A assessoria de comunicação da prefeitura havia informado que ele seria remanejado para o gabinete do prefeito. Com a saída de Nascimento, o diretor de Esporte e Lazer, Klowsbey Pereira, assume o cargo na FGB de forma interina.
Protestos
Em outubro do ano passado, o movimento cultural protestou em busca de respostas e transparência em relação à polêmica em torno da Lei Paulo Gustavo.
Durante sessão na Câmara de Vereadores de Rio Branco, o presidente da Fundação Garibaldi Brasil (FGB), Andeson Gomes do Nascimento, apresentou documentação e explicações técnicas sobre o contrato de R$ 200 mil com o restaurante Spetus Bar, localizado em Sena Madureira, interior do Acre, para operacionalizar a referida lei.
Os artistas e produtores culturais da capital acreana questionaram que a atividade principal da empresa não corresponde ao que o contrato requer. E também cobram transparência na licitação e que os documentos sejam disponibilizados ao movimento.
A denúncia contra o contrato foi formalizada pela vereadora Elzinha Mendonça (PSB) junto ao Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Durante tribuna popular na Câmara, quando os artistas do Movimento Cultural em Rio Branco usaram a plenária para explicar a denúncia, houve uma confusão e músico acreano, vocalista do Los Porongas, Diogo Soares levou um mata-leão de um segurança da Casa.
O então presidente da FGB na época que, diferente da denúncia, houve a participação de outras empresas no processo licitatório e que a contratada foi a que apresentou o menor preço. Ele disse que a empresa, além de atuar no ramo alimentício, também desenvolve atividades no setor cultural e esportivo.
“Isso é absolutamente normal, uma empresa desenvolver várias atividades. Foi solicitado a empresa as certidões necessárias, o atestado de capacidade técnica. Ela presentou em tempo hábil toda essa documentação, todas as certidões, e demos início ao processo. Aqui na Câmara fizemos toda a explanação. Os documentos foram submetidos às instâncias do município, quem quiser ter acesso a essa documentação, procure a FGB, nos encaminha um ofício que estaremos disponibilizando tranquilamente. Há por trás toda uma movimentação política e ideológica que não aceita a forma como esse recurso está sendo utilizado no município de Rio Branco”, afirmou.
Reveja os telejornais do Acre