Símbolo pop e nota 10 na ecologia: entenda porque as capivaras são tão queridas e essenciais


Maior roedor do mundo tem conquistado as pessoas e tem um dia todinho dedicado a ela: neste sábado (14) comemora-se o Dia Internacional da Capivara. Meme de capivara no Met Gala
Reprodução/@capybara666
Sociáveis e dóceis por natureza, as capivaras são curiosas e demonstram uma atitude tranquila e amigável em relação aos humanos. É com essas caraterísticas que o maior roedor do mundo tem conquistado as pessoas e tem um dia todinho dedicado a ela: neste sábado (14) comemora-se o Dia Internacional da Capivara.
🔔 Receba no WhatsApp notícias da Zona da Mata e região
O biólogo da Universidade de Juiz de Fora, Breno Moreira, explica que o animal, originário da América do Sul, é muitas vezes encontrado às margens dos rios e tem o corpo adaptado para locomoção na água.
“A estrutura da capivara é cilíndrica, a pelagem densa, patas palmadas (dedos unidos), e além disso, ela possui uma camada espessa de gordura, que ajuda a regular a temperatura e a flutuar na água com facilidade”.
Capivara no Rio Paraibuna
Elton Moreira/Arquivo Pessoal
Além disso, as capivaras vivem em grupos de até 20 indivíduos, o que aumenta as chances de sobrevivência e facilita a defesa contra predadores.
Ecologicamente, as capivaras habitam áreas de florestas alagadas, pantanais e rios da América do Sul. Segundo o biólogo, por conta da dieta predominantemente herbívora, elas desempenham um papel crucial na manutenção da vegetação aquática.
“A presença das capivaras em seus habitats é um indicativo da saúde ecológica desses ecossistemas”.
Apesar das características sociáveis, o especialista alerta que caso um ser humano se aproxime de uma capivara, a tendência é de a capivara fuja sempre em direção ao ambiente aquático.
“Porém, se for um animal já acostumado com a presença humana, e o contato for calmo e respeitoso, pode ser que a capivara permaneça tranquila. Mas nunca é recomendada a aproximação de animais silvestres”, ressalta.
Breno destaca, ainda, que apesar do apelo e carinho que a capivara tem ganhado pelas pessoas, elas não são pets. “São hospedeiras de carrapatos que podem transmitir a bactéria que causa a febre maculosa”.
“Hype da capivara”
O animal é um símbolo pop do momento e não é difícil encontrar memes, acessórios e até comidas em formato de capivara hoje em dia. Até em tatuagem elas já foram homenageadas.
Jonathan se inspirou na capivara com pneu no pescoço para a tatuagem
Arquivo Pessoal
Inspirado no curioso caso, o body piercing Jonathan Ribeiro tatuou uma capivara com o pneu no próprio braço e fez sucesso na internet.
capivara espelho fi de vidraceiro
Reprodução/Tv Globo
A capivara também inspirou o jovem uberlandense Augusto Felipe que queria dar uma nova cara para a vidraçaria da família, e criou um dos espelhos mais requisitados pelos clientes. A ideia se tornou febre nas redes sociais onde é acompanhado por mais de 48 mil seguidores.
VÍDEO: Capivara é flagrada com pneu preso no pescoço em Juiz de Fora
Eternizada na pele: capivara com pneu enrolado no pescoço vira inspiração para tatuagem
‘Fí de vidraceiro’ viraliza nas redes sociais com espelho de capivara e faz lucro da empresa da família decolar em MG
TV Bicho deste sábado traz como destaque a capivara
Presença no cenário urbano
Um dos motivos da capivara ter virado um símbolo da interação entre ambientes urbanos e naturais no município de Juiz de Fora, em Minas Gerais, e outros estados do país, é o resultado da expansão urbana que prejudica a vida dos animais seus habitats naturais.
“Em Juiz de Fora, por exemplo, a presença é notável, especialmente em áreas próximas aos rios. A cidade, situada em uma região rica em vegetação e com diversos cursos d’água, o que acaba sendo um local favorável”, disse o biólogo.
Apesar desses encontros serem curiosos, e até adoráveis, esse fenômeno traz à tona questões de convivência e manejo, pois as capivaras podem causar danos a jardins e áreas de lazer, além de representar riscos de acidentes de trânsito.
A presença desses animais também levanta debates sobre a necessidade de políticas públicas que garantam a coexistência pacífica entre a fauna local e os habitantes urbanos. “A gestão sustentável dessas populações é crucial para preservar a biodiversidade e evitar conflitos”.
📲 Siga o g1 Zona da Mata: Instagram e Facebook
VÍDEOS: veja tudo sobre a Zona da Mata e Campos das Vertentes

Adicionar aos favoritos o Link permanente.