Menina de 4 anos que teve pernas amputadas após queda de laje em piscina recebe alta da UTI, diz boletim médico


Além dela, menino de 8 anos também foi atingido pela construção. Os dois brincavam em piscina embaixo da laje quando estrutura caiu. Ambos tiveram alta da UTI, mas seguem na enfermaria hospitalar. Local onde crianças foram atingidas por laje enquanto brincaram em piscina no PR
Reprodução RPC
A menina de quatro anos que teve as pernas amputadas após a queda de uma laje sobre uma piscina teve alta da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) pediátrica onde estava internada desde 13 de janeiro, informou o Hospital Ministro Costa Cavalcanti em boletim médico nesta quarta-feira (24).
O caso foi registrado em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. Ela e um menino de oito anos brincavam em uma piscina embaixo da laje quando a estrutura caiu. A menina teve as pernas amputadas e o menino, de oito anos, traumatismo craniano.
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Ainda sobre o estado de saúde da menina, o boletim informou que ela está estável e que, com a alta da UTI, aguarda agora uma vaga para ser transferida para a enfermaria de outra unidade hospitalar.
Sobre o menino de oito anos, o hospital informou que ele teve alta da unidade de tratamento intensivo no início da semana e que foi transferido para a enfermaria do Hospital Municipal Padre Germano Lauck.
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Mãe da menina fala sobre construção
Crianças atingidas por laje estão na UTI em estado grave
William Brisida/RPC Foz do Iguaçu
Jessica Weis, mãe da menina de quatro anos que teve as pernas amputadas afirmou recentemente em uma rede social que jamais poderia imaginar que construção poderia cair sobre a filha e a outra criança que também se feriu.
“Nós nunca imaginamos que essa sacada traria algum risco para essas crianças, tanto que se em algum momento eu imaginasse, eu jamais iria deixar a minha filha embaixo dessa sacada e acredito que nem os pais, dos vizinhos todos, que deixavam as crianças virem brincar com a minha filha, também se eles achassem que tivesse algum risco, eles jamais deixariam”, afirmou a mulher.
No mesmo relato nas rede sociais, Jessica contou que a família comprou a casa em período de acabamento e que decidiram construir uma sacada no andar superior, momento que acionaram um pedreiro já conhecido pela família.
“Conversamos com um pedreiro da nossa confiança que já tinha feito uma casa anteriormente para nós, sobre a possibilidade dessa sacada. Esse mesmo pedreiro afirmou que seria super seguro, inclusive essa sacada era para que a gente pudesse subir e estar sentado em cima dela. […] Então assim, para o nosso conhecimento, essa sacada ela era segura”, disse a mulher.
Crea diz que obra não tinha responsável técnico
Questionada sobre o caso, a Prefeitura de Foz do Iguaçu informou que a construção não tinha o alvará necessário, “portanto, não havia profissional legalmente responsável pela obra”.
A administração municipal disse ainda que o alvará de construção é essencial para o início de qualquer obra desse tipo e que a fiscalização é responsabilidade do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea).
Em nota, o Crea-PR disse que diferentemente do que foi informado pela prefeitura, que o órgão “não é responsável por certas ações, como a administração de saídas ou a emissão de alvarás, mas sim pela fiscalização da presença de profissionais habilitados”, diz trecho.
O Crea informou ainda que a construção não contou com responsável técnico. Com a constatação, a responsabilidade do acidente deve ser atribuída ao proprietário do imóvel, conforme o órgão.
A instituição reforça que qualquer tipo de obra ou reforma em imóveis devem ser acompanhadas por um profissional habilitado, para a elaboração dos projetos, execução adequada dos serviços e para evitar acidentes.
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