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Nas últimas semanas, o dólar vem se mantendo abaixo dos R$ 6,00 e, inclusive, atingiu seu menor patamar desde novembro de 2024, quando fechou em R$ 5,68 na quarta-feira (18/02). A moeda americana tem oscilado diante do cenário econômico global, impactado principalmente pelas tarifas impostas pelo presidente Donald Trump, intensificando a guerra comercial entre Estados Unidos e China.
Essa volatilidade cambial gera incertezas para investidores que buscam diversificação com ativos internacionais. O economista e sócio da iHUB Investimentos, Daniel Abrahão, afirma que a tendência é que a moeda mantenha esse comportamento instável no curto prazo.
“No mercado financeiro, os preços frequentemente seguem padrões semelhantes ao movimento das ondas do mar. Notícias impactantes geram volatilidade imediata, mas, conforme os eventos se materializam, há um ajuste natural dos preços. A disputa comercial entre as maiores economias do mundo pode trazer oscilações momentâneas, mas o dólar tende a sair fortalecido desse processo”, explica Abrahão.
Dólar em queda: risco ou oportunidade?
A desvalorização do dólar pode representar um momento oportuno para investidores que desejam aumentar sua exposição a ativos estrangeiros. Segundo Daniel Abrahão, esse período pode ser estratégico para a dolarização do portfólio.
“Quando o real se valoriza, investir no exterior fica mais acessível. Isso representa uma oportunidade para quem deseja diversificar seus investimentos e se proteger contra oscilações locais”, afirma o especialista. No entanto, ele alerta que essa estratégia deve ser utilizada por investidores que possuem perfil adequado para lidar com a volatilidade cambial.
Setores estratégicos para investir
A oscilação do dólar afeta diretamente setores que dependem da moeda americana, como empresas exportadoras e importadoras, além de investimentos dolarizados, como BDRs, criptomoedas, ETFs internacionais e fundos globais. Para Abrahão, é essencial que os investidores considerem esses impactos antes de tomar decisões.
“O que poucos analistas comentam, mas que é fundamental observar, é que, em momentos de disputas econômicas entre potências globais, o ouro tende a se valorizar expressivamente. Historicamente, esse ativo destaca-se como uma reserva de valor e pode desempenhar um papel estratégico na proteção do patrimônio”, aconselha o economista.
Além disso, com a possibilidade iminente de novas reviravoltas no câmbio, é recomendado que os investidores adotem uma abordagem diversificada a longo prazo, aproveitando oportunidades de compra nesses momentos de retração do dólar sem comprometer a segurança da carteira.
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