Mulher que ganhou R$ 85 mil de auxílio traficava pó nas horas vagas

Durante as apurações da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) no âmbito da Operação Caprae, investigadores da 26ª Delegacia de Polícia (Samambaia) identificaram uma mulher, que integrava o esquema de tráfico de drogas, e havia embolsado cerca de R$ 85 mil, nos últimos 10 anos, com os mais diferentes auxílios pagos pelo governo federal. No entanto, a suspeita foi presa por traficar cocaína. Ela é casada com um dos maiores distribuidores de droga que atuava em Samambaia.

Maria da Conceição Alves Rocha, 44 anos, foi presa em casa, em flagrante, com uma quantidade considerável de cocaína. As equipes policiais entraram na residência para cumprir os mandados de busca, na última sexta-feira (23/8). De acordo com o Portal da Transparência Federal, a traficante recebeu R$ 23.260 apenas de Bolsa Família, na última década.

A suspeita ainda embolsou outros R$ 51 mil por meio do benefício de Prestação Continuada. Curiosamente, o benefício é concedido por meio do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) à pessoas com deficiência e idosos com 65 anos ou mais que comprovem não possuir meios de prover a própria subsistência ou de tê-la provida por sua família. O que não é o caso da traficante.

A investigação 

As investigações apontaram que o grupo criminoso da qual Maria da Conceição fazia parte, além de abastecer traficantes menores, que atuam no local, comercializava drogas na quadra QR 603, em uma espécie de drive thru. Os usuários compareciam no local, especialmente em veículos, se aproximavam de um portão, pegavam a droga e pagavam o entorpecente.

Durante as diligências, constatou-se que o principal fornecedor de drogas do grupo criminoso era um homem de 50 anos, conhecido como “Bodão”, morador de Taguatinga. A coluna apurou que o chefão do tráfico e marido de Conceição é Francisco Macedônio de Oliveira Gomes. A exemplo da companheira, ele também está preso.

As buscas foram realizadas nas regiões administrativas de Samambaia e Taguatinga. Os envolvidos irão responder por tráfico de drogas e associação para o tráfico, podendo pegar entre 8 e 15 anos de prisão.

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