Defesa de policial penal diz que no dia em que biomédica morreu, em Belém, o casal não estava se entendendo


Secretaria de Estado de Administração Penitenciária informou que apura o caso por meio da Corregedoria Institucional. Já a Delegacia de Feminicídio diz que o caso é investigado sob sigilo. Biomédica Karina Santos Pinto, vítima de feminicídio no Pará
Reprodução/Rede Sociais
A defesa do Policial Penal que estava dentro do carro quando a biomédica Karina Santos Pinto morreu em Belém afirmou nesta terça-feira (27) que no dia do ocorrido o casal tinha terminado o namoro e não estava se entendendo.
“No dia dessa tragédia, mais uma vez, eles não estavam se entendendo e houve o rompimento do namoro e ela ali pegou a arma dele, um policial penal, que andava armado, arma devidamente autorizada e num áteno opinado ela atirou contra o próprio corpo”, afirmou o advogado Dorivaldo Belém.
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A versão é contestada por pessoas próximas de Karina Santos Pinto, que afirma que a biomédica foi atingida com um tiro no tórax e que ela era pressionada psicologicamente pelo ex-namorado.
A defesa do policial penal Davi Deus Pessoa diz que ele tinha um relacionamento conturbado, com ciúmes, desentendimentos e brigas, mas que ele não matou a biomédica.
“O investigado disse que não matou a Carina, ele admite que tinha um relacionamento conturbado, jovens, havia muito amor, eles eram apaixonados pelo outro e tinham ciúmes um do outro e de vez em quando se desentendiam, mas voltavam”.
Uma amiga de Karina Santos Pinto, que pediu para não ser identificada, disse que a vítima trocou de número diversas vezes e criou um novo perfil nas redes sociais, na tentativa de afastar o ex-namorado, que não aceitava o fim do relacionamento.
O advogado Dorivaldo Belém afirmou que o policial penal levou a vítima para um hospital, se apresentou para a autoridade e se submeteu a todas as perícias e depois foi liberado.
“Ele compreende a dor da família, até as falas. Estão falando besteiras dizendo que ele matou a moça. Ele pede que aguarde o resultado das investigações”, disse Dorivaldo Belém.
O g1 solicitou mais informações para a Polícia Civil sobre o caso, como se o policial já foi ouvido e aguarda retorno do órgão.
Entenda o caso
Karina Santos Pinto, de 25 anos, morreu no último sábado (24), após ser atingida com um tiro no tórax, enquanto estava no carro do ex-namorado, em Belém. Ela chegou a ser socorrida, mas morreu no hospital.
Biomédica Karina Santos, morta no Pará
Reprodução/Redes Sociais
A Delegacia de Feminicídio, vinculada a Divisão Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) informou que “perícias foram solicitadas para auxiliar as investigações, que ocorrem sob sigilo”.
Em nota, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) informou que apura o caso por meio da Corregedoria Institucional.
A Polícia Científica do Pará informou que o corpo de Kate Karina Santos Pinto, já foi necropsiado e que prazo legal para conclusão do laudo é de 10 dias, podendo ser prorrogado.
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