Philips abandona Google TV e traz o novo Titan OS ao mercado

Philips abandona Google TV e traz o novo Titan OS ao mercadoLéo Müller

A Philips deu hoje (23) seu “grito de independência” em Barcelona, na Espanha, com seus primeiros passos para abandonar o Google TV. A marca que faz parte do conglomerado chinês TPV, apresentou ao mundo o seu próprio sistema operacional para TVs chamado Titan OS.

Essa nova plataforma foi criada por meio de uma parceria estratégica com a desenvolvedora do software que está estreando na linha 2024 de TVs premium da Philips, as Ambilight TVs. A ideia da fabricante é oferecer uma interface que sugira conteúdo de forma mais eficiente que o Google TV e economize tempo dos usuários, que já passam mais tempo “zapeando” pelos apps de streaming do que de fato assistindo alguma coisa.

Contudo, de acordo Eduardo Brunoro, CSO (chefe de vendas) da TPV no Brasil, a plataforma da desenvolvedora Titan só deve chegar ao nosso país no fim de 2024 ou início do ano que vem.

– Podcast Canaltech: de segunda a sexta-feira, você escuta as principais manchetes e comentários sobre os acontecimentos tecnológicos no Brasil e no mundo. Links aqui: https://canaltech.com.br/podcast/

Isso porque a representação local da Philips só quer trazer a plataforma quando os apps de streaming locais (como Globoplay e as aplicações de vídeo das grandes operadoras Vivo e Claro) estiverem a bordo. E isso deve levar ainda alguns meses para se concretizar.

“O Titan OS vai chegar ao Brasil com os modelos mais high-end da Philips, mas nossa intenção é fazer uma transição completa levando a plataforma para todos os modelos da marca — inclusive para as TVs da AOC, que também faz parte da TPV — já em 2025”, revelou Brunoro.

Em outras palavras, a Philips não deve mais apresentar nenhuma nova TV sem Titan OS no mercado global.

Vale destacar ainda que, pelo fato de as novas TVs OLED+, The One e The Xtra da Philips para 2024 terem o mesmo processador dos modelos da geração passada, existe a possibilidade de a maca atualizar os aparelhos de 2023 — que já estão à venda no Brasil — para o Titan OS, deixando o Google TV totalmente de lado. Tal mudança, contudo, seria escolha do usuário.

Por que a Philips quer ter um sistema próprio para TVs?

Não é à toa que Samsung e LG possuem suas próprias plataformas para smart TVs e lideram o mercado de televisores no Brasil. Além de ajudarem na venda de TVs com interfaces e experiências personalizadas para as marcas, esses sistemas operacionais garantem um fluxo de receita importante para essas empresas.

A Philips terá algo parecido com o Titan OS e que não tinha com o Google TV. Brunoro revelou que a parceria atual das marcas que usam a plataforma da Google e de outras desenvolvedoras é pouco vantajosa para as fabricantes “A gente praticamente paga para ter os sistemas operacionais hoje, mas com uma plataforma da qual a gente é share holder, vamos poder compartilhar a receita”, completou Brunoro.

A Titan também pretende compartilhar o Titan OS com outras marcas de TVs, e chegaram a se descrever com o termo “white label das plataformas de smart TV”. Até o momento, contudo, a novidade é exclusiva da Philips.

Além dessa vantagem de mercado, a TPV quer influenciar o caminho pelo qual o Titan OS vai percorrer.

“Nessa parceria, nós temos o poder de influenciar nos recursos e também no visual do sistema, além de decidir como ele vai interagir com o consumidores, algo que naturalmente não temos com qualquer outro fornecedor de sistema terceiro”, comentou Kostas Vouzas, CEO da TPV global, em entrevista ao Canaltech.

Em outras palavras, a Philips quer trilhar o caminho que faz suas grandes concorrentes estarem na frente no mercado brasileiro hoje.

Ambilight TVs

Para estrear esse novo sistema operacional, a Philips apresentou também três novas TVs em Barcelona com a tecnologia Ambilight, que replica na parede atrás do dispositivo parte do que está acontecendo na tela, mas em forma de luz difusa.

Em 2024, as novas OLED+, The One e The Extra terão a versão melhorada do Ambilight, chamada Ambilight Plus. Com mais ledes na traseira e lentes que difundem a luz de forma mais precisa, a tecnologia tem potencial para ser mais imersiva do que jamais foi.

Contudo, esses modelos só estarão no Brasil a partir do fim de 2024 ou início de 2025. Ainda não temos muitas especificações ou preço desses produtos.

Leia a matéria no Canaltech.

Trending no Canaltech:

Adicionar aos favoritos o Link permanente.