
O analista Frederico Nobre, da Warren, comentou em entrevista ao canal BM&C News os resultados recentes da Vale (VALE3) e as perspectivas para os próximos trimestres. Segundo Nobre, a mineradora apresentou uma reação de alta moderada, alinhada com as expectativas do mercado, mas trouxe algumas surpresas positivas, principalmente relacionadas a dividendos e recompra de ações.
Dividendos da Vale e programa de recompra de ações surpreendem o mercado
A Vale anunciou um dividendo extraordinário de US$ 500 milhões e também lançou um novo programa de recompra de ações (share buyback). Ambas as iniciativas foram vistas como positivas pelo mercado, fortalecendo o compromisso da empresa com o retorno ao acionista.
“O anúncio do dividendo extraordinário e o programa de recompra surpreenderam o mercado positivamente”, afirmou Nobre.
Redução de custos e desempenho operacional da Vale
Outro destaque da análise foi a redução nos custos de produção (C1) e no custo de embarque direto para a China, o que ajudou a melhorar os resultados da empresa no trimestre. Segundo o analista, isso demonstra uma evolução no controle de custos, refletindo uma gestão operacional mais eficiente.
O setor de metais básicos também apresentou desempenho sólido, especialmente nas divisões de cobre e níquel, embora ainda esteja abaixo do potencial máximo da companhia, um padrão que vem se repetindo nos últimos trimestres.
Impacto das incertezas macroeconômicas
Apesar dos avanços microeconômicos, Nobre destacou que o ambiente macroeconômico continua desafiador. A desaceleração econômica da China e a pressão sobre o setor de aço continuam a impactar os preços do minério de ferro. Esse cenário ajuda a explicar a performance recente mais contida das ações da Vale.
“O ambiente macro é ruim para todas as mineradoras. A desaceleração da China e o setor de aço pressionam o preço do minério, o que justifica parte da performance da Vale”, explicou o analista.
Perspectivas para 2025: retorno ao acionista segue no radar
Apesar dos desafios, o cenário para a Vale em 2025 é visto com otimismo por Nobre. A redução de capex em cerca de US$ 600 milhões foi interpretada como uma decisão estratégica diante do cenário mais desafiador, preservando recursos para reforçar a remuneração dos acionistas.
O analista também acredita que, com o câmbio em patamares mais altos, a empresa deve apresentar resultados mais sólidos, com potencial para novos dividendos extraordinários e expansão do programa de recompra de ações.
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