
Apesar do crescimento das compras online entre os brasileiros em 2024, a percepção de segurança dos consumidores ainda enfrenta dificuldades. De acordo com dados levantados pelo Serasa Experian, 48% dos indivíduos interromperam uma compra devido à falta de confiança no site ou aplicativo utilizados. Essa insegurança é um reflexo do cenário atual, onde, embora as transações virtuais tenham se tornado mais frequentes, a proteção dos consumidores não evoluiu no mesmo ritmo.
Em termos de frequência, quase metade dos consumidores brasileiros realizam entre uma e três compras online mensais, demonstrando um aumento de 1,6 pontos percentuais em comparação com o ano anterior, 2023. Além disso, 34% das pessoas compram online quatro ou mais vezes ao mês. Entretanto, a confiança em medidas de segurança digital providas pelas empresas caiu de 51% para 43% no último ano.
Quais são as principais preocupações dos consumidores?
Os principais receios dos consumidores ao comprar online incluem a possibilidade de não receber produtos de sites falsos e de ter suas informações pessoais usadas por outras pessoas, ambos citados por 41% das pessoas entrevistadas. Além disso, 37% temem pelo vazamento de dados financeiros, enquanto 33% estão preocupados com a invasão de suas contas e 23% com o vazamento de dados pessoais.
A fim de atenuar essas preocupações, muitos brasileiros acreditam que a utilização de biometria física para identificação digital é crucial. A pesquisa mostrou que 69% dos consumidores consideram essa tecnologia essencial para sua segurança ao realizar compras online. De fato, o uso de autenticação por reconhecimento facial, impressão digital ou reconhecimento de voz subiu de 59% para 67% em 2024.

Como proceder em casos de fraude online?
Quando confrontados com fraudes online, os consumidores devem tomar ações rápidas para minimizar prejuízos. Conforme explica o advogado Stefano Ribeiro Ferri, é essencial registrar um boletim de ocorrência, contatar bancos ou operadoras de cartão para contestar a compra e reportar o incidente ao Procon. Caso haja negligência por parte das plataformas financeiras, uma ação judicial pode ser uma solução viável para a recuperação dos valores.
No evento de uso indevido de dados pessoais para a realização de compras, as medidas são semelhantes: registrar a fraude e informar o banco sobre o ocorrido. Isso ajuda na contestação das cobranças e no eventual reembolso dos valores fraudados.
Medidas de proteção contra fraudes em compras online
Para garantir uma experiência de compra online mais segura, certas práticas são recomendadas. Verificar a credibilidade de um site, de preferência escolhendo lojas conhecidas e verificando seus dados no site da Receita Federal, é um primeiro passo crucial. Além disso, deve-se evitar ofertas que parecem boas demais para serem verdade e dar preferência a cartões virtuais, que têm uma validade limitada, reduzindo o risco de fraudes.
Consumidores também devem evitar clicar em links suspeitos enviados via e-mail ou mensagens instantâneas, devendo acessar sempre os sites digitando o endereço diretamente no navegador.
Outras considerações sobre segurança nos pagamentos online
Com o aumento de fraudes relacionadas ao sistema de pagamento PIX e boletos falsos, é recomendado gerar boletos diretamente nos sites oficiais dos bancos e sempre verificar a autenticidade dos dados antes de efetuar pagamentos. As lojas online também devem contribuir para a proteção dos consumidores, estabelecendo políticas claras de troca e reembolso, além de oferecer um atendimento ao consumidor eficiente e acessível.
Em casos onde as empresas não resolvem os problemas relatados, o consumidor dispõe do Procon ou da Justiça para buscar seus direitos. A segurança online, portanto, é uma responsabilidade compartilhada entre consumidores, varejistas e plataformas de pagamento.
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