
A relação de trabalho formal no Brasil é regida por um conjunto de normas que visam proteger tanto o empregador quanto o empregado. Quando há uma quebra significativa dessas normas por parte do trabalhador, pode ocorrer uma demissão por justa causa. Essa modalidade de desligamento é disciplinada pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e está delineada no artigo 482, que lista 14 infrações graves que justificam esse tipo de rescisão de contrato.
A demissão por justa causa é uma das formas mais severas de rompimento do vínculo empregatício, uma vez que não assegura ao trabalhador os direitos habituais concedidos em uma demissão sem justa causa. Este artigo explora as circunstâncias que podem levar a essa penalidade, os direitos que são perdidos e como isso pode impactar o trabalhador no mercado atual.
Quais são as infrações que levam à demissão por justa causa?
O artigo 482 da CLT enumera 14 situações que podem resultar na demissão por justa causa. Entre as mais comuns, destacam-se: ato de improbidade, incontinência de conduta, negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, condenação criminal do empregado, desídia no desempenho das respectivas funções, embriaguez habitual ou em serviço, violação de segredo da empresa, e ato de indisciplina ou insubordinação.
Cada uma dessas infrações representa uma quebra séria da relação de confiança entre empregador e empregado, justificando, assim, a rescisão imediata do contrato de trabalho. É importante para cada trabalhador compreender essas infrações para evitar comportamentos que possam comprometer sua permanência na empresa.

Quais direitos são perdidos na demissão por justa causa?
Quando um trabalhador é demitido por justa causa, ele perde diversos direitos trabalhistas normalmente garantidos em uma demissão comum. Os direitos perdidos incluem o aviso prévio, a indenização por rescisão contratual, o saque do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e a multa de 40% sobre o FGTS. Além disso, ele não tem direito ao seguro-desemprego, nem ao recebimento do 13º salário proporcional.
A compensação financeira ao trabalhador demitido por justa causa limita-se ao saldo de salário dos dias trabalhados no mês até a data da demissão e ao pagamento de férias vencidas, caso existam. Essa realidade pode colocar o trabalhador em uma situação financeira delicada, especialmente no competitivo mercado de trabalho atual.
Como prevenir uma demissão por justa causa?
Para evitar a demissão por justa causa, é crucial que o trabalhador mantenha um comportamento ético e profissional. Algumas ações podem ajudar nesse sentido, como respeitar as políticas da empresa, manter uma comunicação aberta e honesta com superiores e colegas, cumprir com suas responsabilidades de maneira eficiente, e buscar esclarecimento sempre que houver dúvidas sobre seus deveres.
- Mantenha a postura profissional em todas as interações no local de trabalho.
- Cumpra as normas e regulamentos internos da empresa.
- Participe de treinamentos e formações que aumentem sua competência no emprego.
- Evite comportamentos que possam levar a desentendimentos ou embaraços.
Qual o impacto da demissão por justa causa no mercado de trabalho?
A demissão por justa causa pode ter um impacto significativo na vida profissional de um trabalhador. Além da perda de direitos trabalhistas fundamentais, esse tipo de desligamento pode manchar o histórico profissional do indivíduo, prejudicando futuras oportunidades de emprego. As empresas tendem a ser cautelosas ao contratar alguém que já tenha sido demitido sob essas circunstâncias, mesmo que as razões não sejam claras.
Considere a importância de manter uma boa reputação no mercado de trabalho. Estar ciente das normas que regem seu ambiente de trabalho e aderir a comportamentos profissionais pode ajudar a proteger sua carreira e garantir um futuro laboral mais estável.
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