Com presença em cidades de todo país, a TecBan vem investindo em soluções que transformam o varejo físico em pontos de acesso ao sistema bancário. A estratégia mira tanto a inclusão financeira quanto a eficiência das operações bancárias em um país de dimensões continentais.
“O Atmo é um banco 24 horas compacto que usa o dinheiro do lojista e está crescendo muito fortemente”, explicou Patricio Santelices, CEO da TecBan, em entrevista ao programa Mercado & Beyond, da BM&C News. Segundo ele, a solução vem sendo adotada tanto por pequenos comerciantes quanto por grandes redes de varejo, que veem valor em facilitar a circulação de dinheiro e atrair consumidores.
A ideia é simples: transformar estabelecimentos comerciais em pequenos hubs bancários, permitindo depósitos, saques e pagamentos com custo menor do que o de uma agência tradicional. “Nossa estratégia é ocupar os espaços onde os bancos não estão. A parceria com varejistas nos ajuda a ampliar a capilaridade e a levar serviços financeiros para populações que ainda têm pouco acesso ao sistema”, afirmou.
Hoje, a TecBan conta com 25 mil caixas eletrônicos em operação, mas, segundo Santelices, o potencial é muito maior. “Mesmo que o Brasil vire uma economia ‘cashless’, como Noruega ou Suécia, ainda serão necessários cerca de 70 mil ATMs no país. Existe uma demanda estrutural que vai além da digitalização.”
Além de caixas eletrônicos, a empresa também oferece conectividade, gestão de numerário e manutenção para mais de 150 bancos e 7 mil varejistas. “A rede Banco24Horas é só uma parte do nosso ecossistema. Queremos ser a infraestrutura que permite a conexão entre todos os atores da indústria financeira.”
Com apoio dos principais bancos do país — que são acionistas da TecBan —, a empresa também está expandindo sua atuação para serviços como Open Finance, tokenização de contratos e gestão de terminais bancários de terceiros. “Nosso papel é ser a estrada. Conectamos fintechs, bancos tradicionais e varejistas para garantir que qualquer pessoa, em qualquer lugar, consiga acessar o sistema financeiro.”
Para o CEO, o futuro passa pela interconexão. “As empresas que vão ganhar o jogo são aquelas que conseguirem se integrar com muitas outras. E nisso, nossa capilaridade é uma vantagem competitiva enorme.”
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