Suspeito de matar motorista de app foi reconhecido por câmera em segundos

Vanderli Albano foi preso nesta quinta-feira (12)

Reprodução/Sesp

Vanderli Albano da Silva, de 51 anos, suspeito de matar o motorista de aplicativo Ánderson Luiz Lira em 2020, foi preso após ser identificado por meio do sistema de reconhecimento facial da Secretaria de Segurança Pública (Sesp).

O suspeito estava em Cariacica, quando foi identificado por uma das câmeras de videomonitoramento espalhadas pela cidade. Ele estava com um boné, mas foi imediatamente reconhecido pelo sistema.

O superintendente da Superintendência de Polícia Interestadual e de Capturas (Polinter), Júlio César Oliveira, explica que o processo de reconhecimento é rápido, e leva cerca de oito segundos.

Assim que ocorre o reconhecimento, a informação é repassada à equipe policial mais próxima do suspeito.

De acordo com ele, o suspeito do crime sequer esboçou reações ao ser abordado pela equipe policial.

Esse sistema possibilitou que esse cidadão ao passar por uma das câmeras do projeto, a câmera o identificar. Nós temos um tempo técnico já pré-estabelecido, de 8 a 14 segundos para que a equipe seja acionada e o hospital próximo de onde ele está receba a imagem. Ele foi detido no município de Cariacica, abordagem tranquila, como as outras. Um policial comum já abordam, com dois ao lado, as equipes são sempre de três policiais, então não há nem chance de reação.

Câmeras reconheceram suspeito mesmo depois de anos

O suspeito já tinha outras passagens pela Justiça e era foragido por um outro crime, de porte ilegal de armas, em 2017.

Em imagens de Vanderli no banco de dados da Polícia Civil, ele aparece muito mais jovem, sem barba e sem acessórios, como o boné que usava no momento da prisão. Apesar disso, acabou reconhecido.

Segundo o secretário estadual de Segurança Pública, Leonardo Damasceno, essa é uma das principais funções do sistema de reconhecimento.

“Você pega fotos, que nós temos em banco de dados, da Polícia Civil ou outro banco de dados, e compara com a imagem do suspeito hoje em dia, de barba, bem mais velho, e o sistema ainda consegue identificar”, disse.

Suspeito matou motorista e destruiu carro

O crime ocorreu em 3 de junho de 2020. Vanderli e um comparsa solicitaram uma corrida por aplicativo, que foi atendida pela vítima. Ao entrarem no carro, os suspeitos anunciaram o assalto.

A vítima teria reagido à tentativa de roubo, o que fez com que Vanderli aplicasse uma gravata em Anderson. A situação saiu do controle e o suspeito disparou contra a vítima.

Segundo o subsecretário de Inteligência da Sesp, Romualdo Gianordolli Neto, foi neste momento que os suspeitos decidiram enterrar a vítima e destruir o carro.

“Depois que pegaram esse carro de aplicativo, eles anunciaram o assalto. O motorista reagiu, e eles primeiro aplicaram um mata-leão, cometido pelo Vanderli. Depois, com uma arma de fogo, ele efetuou um disparo no maxilar da vítima. A situação saiu de controle, pois a primeira intenção deles era roubar o veículo e os pertences, mas após matarem o motorista, eles precisaram ocultar o cadáver”, afirmou.

Após o crime, Vanderli saiu do Espírito Santo e passou anos fora do Estado. O comparsa dele, identificado como Leonardo Cintra, chegou a se apresentar à polícia na época do latrocínio e está preso.

*Com informações da repórter Marla Bermudes, da TV Vitória/Record

Adicionar aos favoritos o Link permanente.