
Nos últimos anos, a popularização da inteligência artificial trouxe avanços significativos, mas também abriu espaço para novas modalidades de fraude digital. Entre elas, os golpes com deepfake têm chamado atenção pela capacidade de manipular vídeos e áudios, tornando difícil distinguir o que é real do que foi artificialmente criado. Essa tecnologia, que utiliza algoritmos para imitar vozes e rostos, tem sido usada por criminosos para enganar pessoas em diferentes contextos, principalmente em redes sociais e aplicativos de mensagens.
O principal objetivo dos golpistas ao utilizar deepfakes é explorar a confiança das vítimas, simulando conversas ou solicitações de pessoas conhecidas. Muitas vezes, a abordagem ocorre de forma urgente, levando o destinatário a agir sem tempo para refletir. Esse cenário exige atenção redobrada, já que a sofisticação das falsificações digitais aumenta a cada ano, tornando os golpes cada vez mais convincentes.
Como funcionam os golpes com deepfake?
Os golpes com deepfake se baseiam na criação de conteúdos digitais falsos, nos quais imagens, vídeos ou áudios são manipulados para reproduzir fielmente a aparência e a voz de terceiros. Em geral, os criminosos coletam fotos, gravações e informações públicas das vítimas em redes sociais para alimentar softwares de inteligência artificial. Com esses dados, produzem materiais que simulam conversas, pedidos de dinheiro ou divulgação de informações sensíveis.
Essas fraudes podem ocorrer de diversas formas, como mensagens de texto acompanhadas de vídeos, ligações por aplicativos com voz clonada ou até transmissões ao vivo falsas. O impacto é potencializado quando o deepfake envolve figuras públicas, autoridades ou pessoas próximas, pois a credibilidade aparente do conteúdo aumenta a chance de sucesso do golpe.

Como identificar um deepfake e evitar ser enganado?
Reconhecer um deepfake exige atenção a detalhes visuais e sonoros. Sinais como movimentos labiais desalinhados com a fala, expressões faciais pouco naturais, olhos sem piscar ou pele com textura estranha podem indicar manipulação. Em áudios, distorções na voz, entonação artificial ou cortes abruptos também são pistas importantes.
- Verifique a qualidade do vídeo: Resolução baixa, brilho irregular ou proporções corporais estranhas podem ser indícios de falsificação.
- Desconfie de pedidos urgentes: Solicitações de dinheiro ou informações pessoais feitas de forma inesperada devem ser confirmadas por outros meios.
- Consulte fontes confiáveis: Antes de compartilhar ou acreditar em conteúdos duvidosos, busque confirmação em canais oficiais ou com a própria pessoa envolvida.
Além disso, manter o pensamento crítico diante de mensagens sensacionalistas é fundamental para evitar a disseminação de informações falsas.
Quais medidas auxiliam a se proteger de golpes com deepfake?
Adotar práticas de segurança digital pode reduzir significativamente o risco de ser vítima de deepfakes. Algumas recomendações incluem:
- Limitar o compartilhamento de dados pessoais: Evite publicar fotos, vídeos e informações sensíveis em perfis públicos.
- Configurar contas como privadas: Restringir o acesso ao seu conteúdo dificulta o trabalho dos golpistas.
- Utilizar autenticação em duas etapas: Recursos como senha, biometria ou perguntas de segurança ajudam a validar identidades em situações suspeitas.
- Estabelecer códigos de verificação: Combine palavras-chave ou códigos com familiares e amigos para confirmar solicitações urgentes.
Essas ações simples fortalecem a proteção contra fraudes digitais e dificultam a atuação de criminosos que utilizam deepfake.
O que fazer ao identificar um golpe com deepfake?
Ao perceber um conteúdo suspeito, é importante agir rapidamente para evitar prejuízos e impedir que outras pessoas sejam enganadas. O primeiro passo é interromper qualquer contato com o golpista e tentar confirmar a situação diretamente com a pessoa supostamente envolvida, utilizando um canal oficial ou número conhecido.
Em seguida, recomenda-se denunciar o conteúdo falso nas plataformas onde foi identificado, como redes sociais ou aplicativos de mensagens. No Brasil, a divulgação de deepfakes com objetivo de fraude pode ser considerada crime, sendo possível registrar boletim de ocorrência junto à polícia ou órgãos especializados. Compartilhar informações sobre golpes recentes com amigos e familiares também contribui para ampliar a conscientização e fortalecer a rede de proteção digital.
Como acompanhar as novas formas de golpe com inteligência artificial?
O cenário de fraudes digitais evolui rapidamente, exigindo atualização constante sobre as estratégias utilizadas por golpistas. Para isso, é recomendável acompanhar portais de tecnologia, blogs de segurança digital e comunicados oficiais de plataformas. Essas fontes oferecem orientações e alertas sobre as principais ameaças em circulação.
Manter-se informado e adotar uma postura crítica diante de conteúdos recebidos são atitudes essenciais para evitar cair em armadilhas. Questionar a veracidade de vídeos e áudios, buscar confirmação em fontes confiáveis e orientar pessoas próximas são práticas que ajudam a construir um ambiente digital mais seguro para todos.
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