Uma aluna de 9 anos se machucou dentro da sala de aula da escola onde estuda, da rede municipal de Vila Velha, após uma colega da turma colocar um lápis na cadeira antes da menina sentar.
Segundo a mãe da aluna, a brincadeira foi grave e a filha ficou ferida. A professora e a cuidadora que estavam na sala de aula no momento em que a menina se feriu não viram o que houve.
“Minha filha chegou em casa e me contou que uma coleguinha ficava falando para ela sentar. Quando ela sentou, ela sentou em cima de um lápis. A coordenadora me ligou para falar o que tinha acontecido. Eu e meu esposo saímos de casa desesperados”, contou a mãe.
Ela levou a menina para um pronto-atendimento, onde o caso foi classificado como uma emergência. Os médicos constataram que o lápis quase atingiu as partes íntimas da criança.
A mãe criticou a postura da escola por não ter chamado o Samu nem levado a criança para um posto de saúde. Ela foi a uma delegacia e registrou um boletim de ocorrência por negligência da escola.
“Como que uma professora e uma cuidadora dentro da sala de aula não viram? E como a escola ainda não sabe o que vai ser feito com a criança?”, questionou a mãe.
A aluna que colocou o lápis na cadeira da colega foi suspensa por três dias. A menina que ficou ferida estuda há quatro anos na escola e, segundo a mãe, não quer voltar para as aulas.
“Graças a Deus, ela está bem, mas não quer voltar para a escola e agora eu não sei o que eu vou fazer”, disse a mãe.
O que diz a Secretaria de Educação
Sobre o caso, a Secretaria de Educação de Vila Velha informou que a escola trabalha continuamente ações para promover o respeito entre colegas e professores. Disse ainda que a equipe pedagógica prestou o atendimento necessário à criança e comunicou imediatamente o ocorrido à família, que a buscou e informou que a levaria ao hospital. Segundo a secretaria, todo o atendimento foi detalhadamente registrado no sistema escolar.
A outra estudante recebeu suspensão e a família foi convocada para comparecer à escola, mas detalhes não serão divulgados para preservar a identidade das crianças.
O órgão também acrescentou que tem desenvolvido projetos referentes a temática para conscientizar a comunidade escolar contra agressões, bullying e discriminação.
A família da aluna que colocou o lápis na cadeira não foi localizada para falar a respeito do episódio, mas o espaço segue aberto.
*Com informações do repórter André Falcão, da TV Vitória/Record
