Cartas, flores, álbuns de fotos, declarações… Se engana quem pensa que o romantismo à moda antiga morreu, ainda mais entre os jovens. Pelo contrário, a geração Z e os mais novos, que estão começando a amar, resgataram um romantismo que, em uma era digital, pode até mesmo ser chamado de “vintage”.
A ideia é criar uma forma nova de presentear e mimar a pessoa amada, com presentes que são até mais simples, mas extremamente marcantes.
O romantismo retrô está bastante em alta. Como exemplos a serem citados, surgem estéticas como coquette e cottagecore, que trazem consigo uma pegada de delicadeza e romantismo, acima de tudo. Além disso, abraçam também o toque nostálgico.
A ideia é ter mais tradição e carinho, e menos tecnologia. Entre os mais jovens, esta forma de presentear cresce cada vez mais – e pode ser uma tendência aproveitada para o Dia dos Namorados. Inclusive, existem números que apontam para esse cenário.
Alguns dados levantados pela agência Conversion mostram que o número de buscas pelo termo “presentes feitos a mão para o namorado” cresceu de forma significativa. Em abril de 2024, eram 50 pesquisas. No mesmo mês, mas em 2025, aumentou para 210 – um salto de 320%. Em tempos mediados pelo digital, isso significa muito. É como se a graça estivesse agora na essência, e não mais somente na posse, focando principalmente no significado que traz.
Esta tendência também se une e se conecta a outros pontos. Entre eles, a rejeição ao consumismo desenfreado, a valorização da memória afetiva, a influência das estéticas românticas e o desejo de personalização e exclusividade.
Entre esses itens, surgem fotografias reveladas e álbuns, flores, cartinhas escritas com palavras de carinho, bilhetes, velas… Tudo o que trouxer esse simbolismo. Em embalagens, o cuidado também prevalece, com o uso de uma fita de cetim para enfeitar e decorar.
O fortalecimento dessas tendências é uma mensagem também do amor romântico em alta. É como se um visual inspirado em décadas passadas tivesse mais valor e uma energia mais suave e sentimental.
Até mesmo grandes marcas, como grifes, estão embarcando nessa tendência. Além das fitas de cetim e do toque mais romântico à moda antiga, muitas estão começando a produzir campanhas para datas como o Dia dos Namorados que tragam essa essência e mensagens personalizadas, em cartas. Um exemplo que seguiu a premissa foi a Valentino.
Mesmo que apele para o artesanal, a tendência entre os jovens tem todo um apego por trás. Existem diversos exemplos que podem ser seguidos. Entre eles, uma carta com papel reciclado, uma caixa especial, um álbum com fotos polaroid do casal, um buquê com flores secas… As opções são infinitas.
Outro exemplo é unir o vintage com o moderno. Um exemplo é dar esses presentes com uma playlist especial. E, para quem quer ir além, quem sabe até mesmo gravar um CD ou um disco com músicas que sejam especiais para o casal.
O romantismo retrô se torna algo realmente especial nesses casos. Toda a personalização e o esforço que giram em torno desse conceito transformam tanto os elementos quanto os gestos em algo marcante.
Não é sobre valor, mas sobre tempo, carinho e investimento – tudo o que faz a diferença. Além de fortalecer a questão e a conexão emocional, esse tipo de romantismo traz algo além. No caso, uma forma de trabalhar a autenticidade das relações, além de elencar a singularidade de cada história. É, de fato, o resgate de um romantismo que muitos acreditavam que não existia mais.
Ainda mais para uma geração que está cada vez mais conectada e crescendo em volta de tecnologias, trabalhar o romantismo ajuda a manter os laços e a sair um pouco das telas, mesmo que atualmente seja tão difícil. E como dito, até mesmo o mercado está se reinventando e aprendendo a aplicar esses conceitos.
A moda é cíclica em todas as suas esferas. Tendências vão e voltam, e no amor, está cada vez mais comprovado que o romantismo também é retrô, desde as fitas de cetim até todos os exemplos citados.
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