
O dólar ganhou força ao longo da tarde e terminou a sessão desta terça-feira (10) em leve alta, na casa de R$ 5,57, alinhado ao comportamento da moeda americana no exterior. Investidores evitaram exposição a divisas emergentes enquanto aguardavam um desenlace das negociações comerciais entre EUA e China, que entraram hoje em seu segundo dia com perspectivas positivas.
Pela manhã, o dólar chegou a operar pontualmente em queda, com mínima a R$ 5,5388, com relatos de entrada de recursos estrangeiros para ativos locais e alta do petróleo, que se reverteu à tarde. A leitura benigna do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio não apagou as apostas em alta final da Selic em 0,25 ponto porcentual no encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) na semana que vem.
As negociações entre governo e parlamentares sobre as medidas fiscais do ministério da Fazenda para substituir parcialmente o aumento do Imposto de Operações Financeiras (IOF) permaneceram como pano de fundos para os negócios, diante de dúvidas sobre a aprovação das medidas pelo Congresso e de eventual adoção de cortes de gastos.
Com máxima a R$ 5,5749, o dólar à vista encerrou o dia em alta de 0,14%, R$ 5,5704, após três pregões consecutivos de queda. A moeda americana acumula baixa de 2,61% nos sete primeiros pregões de junho e de 9,87% em 2025 na comparação com o real, que apresenta o melhor desempenho entre as divisas latino-americanas.
Ibovespa
Após quatro sessões na defensiva, o Ibovespa teve um dia de recuperação moderada, não o suficiente para retomar os 137 mil pontos, nível visto na máxima (137.369,35), quando avançava mais de 1%. Ao fim, o índice da B3 mostrava ganho de 0,54%, aos 136.436,07 pontos, com mínima a 135.716,01 equivalente à abertura da sessão. O giro financeiro desta ficou em R$ 20,7 bilhões. Na semana, o Ibovespa avança 0,25%, ainda cedendo 0,43% em junho – no ano, sobe 13,43%.
Destaque da sessão entre as blue chips, Petrobras conseguiu sustentar alta de 3,65% na ON e de 3,02% na PN, mesmo com a perda de força do petróleo em Londres e Nova York ao longo da tarde, com o Brent e o WTI em baixa nos respectivos fechamentos após terem chegado a subir mais de 1% até o início da etapa vespertina. As empresas de petróleo “juniores”, como Brava (+3,29%) e PetroReconcavo (+3,49%), também foram bem até o fechamento, a despeito da virada nas cotações da commodity.
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