Líder da oposição em Israel diz que Netanyahu não representa maioria e pede fim dos ataques a Gaza

O líder da oposição israelense de esquerda, Yair Golan, pediu nesta segunda-feira (9) o “fim imediato da guerra em Gaza” por considerar que o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu não representa mais “a grande maioria” dos israelenses.

Presidente do partido Os Democratas e ex-chefe-adjunto do Exército, Golan falou às vésperas de uma votação parlamentar sobre o recrutamento de judeus ultraortodoxos, que poderia provocar a queda do governo e abrir o caminho para a realização de eleições antecipadas.

Seu partido, uma aliança de siglas da esquerda, tem apenas quatro assentos no Parlamento israelense, de um total de 120, o que o torna um dos grupos políticos com menor representação.

No entanto, em um país onde a formação de coalizões é essencial para se obter a maioria parlamentar, até mesmo partidos relativamente pequenos podem exercer um poder considerável.

“A grande maioria quer que Israel siga sendo a pátria do povo judeu e, ao mesmo tempo, um Estado livre, igualitário e democrático”, acrescentou.

Após mais de 20 meses, ele defendeu que Israel “deveria pôr fim à guerra o quanto antes”. O genocídio palestino, em curso na Faixa de Gaza desde 7 de outubro de 2023, já registrou quase 55 mil mortes. Além de bombas, toda a população de mais de 2 milhões de pessoas do território enfrenta risco severo de desnutrição, porque Israel impede a entrada de comida. Já foram registradas dezenas de mortes por fome, a maioria de crianças pequenas e idosos.

Fontes médicas em hospitais de Gaza disseram à Al Jazeera que pelo menos 44 pessoas foram mortas em ataques israelenses desde a manhã desta segunda-feira (9)

Pelo menos 14 palestinos foram mortos perto de um local de distribuição de ajuda apoiado por Israel e pelos EUA em Rafah, no sul de Gaza.

Esse é o mais recente tiroteio em massa contra pessoas famintas que buscam ajuda das forças israelenses desde que a Gaza Humanitarian Foundation iniciou sua operação amplamente criticada em 27 de maio.

*Com AFP e Al Jazeera

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