A Coreia do Norte conseguiu endireitar seu segundo destróier da classe Choe Hyon, que havia virado durante uma cerimônia de lançamento no dia 21 de maio, informou o programa de vigilância por satélite 38 North.
Com deslocamento de aproximadamente 5.000 toneladas, o navio naufragou parcialmente ao escorregar durante um procedimento de “side-launch” na doca de Chongjin. O incidente culminou em duras críticas de Kim Jong Un, que qualificou o evento como “um ato criminoso causado por absoluta negligência”, resultando na prisão de ao menos quatro autoridades da construção naval.
Imagens de satélite de 2 de junho revelam o destróier já em posição vertical, embora ainda encostado no solo, indicando que o salvamento ainda não foi concluído. Durante a operação, foram utilizados meios improvisados, como grampos manuais e balões de flutuação – estratégias incomuns que refletem a falta de infraestrutura naval mais robusta no estaleiro de Chongjin.
Segundo a agência estatal KCNA, as equipes continuam a mobilizar esforços para reparar a embarcação antes de uma importante reunião do Partido dos Trabalhadores, prevista para o final de junho. O plano em análise inclui uma transferência para o dique seco em Rajin, onde sensores e sistemas de sonar danificados serão verificados e possivelmente substituídos. As estimativas indicam um prazo de 7 a 10 dias para a conclusão dessa etapa.
Este destróier representa uma peça-chave na modernização da marinha norte-coreana, parte de uma ambiciosa estratégia militar de Kim Jong Un, que visa dotar o país de capacidades de dissuasão em alto-mar, incluindo lançamento de mísseis de cruzeiro com potencial nuclear.
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