Feminicídio: polícia do DF investiga morte de mulher de 57 anos no Lucio Costa


Segundo PM, vítima foi encontrada ao lado do corpo de um homem. Caso é 12º registrado como feminicídio em 2025 no DF. Mulher com mão em frente ao rosto, em imagem de arquivo
Bruna Bonfim/g1
A Polícia Civil do Distrito Federal investiga um suposto feminicídio que ocorreu na noite de sábado (7), na região do Setor Lucio Costa, em Brasília. O corpo de uma mulher, de 57 anos, foi encontrado junto ao corpo de um homem, de 47 anos.
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De acordo com a PMDF, os militares foram chamados, por volta das 21h, a partir de uma ligação para o número 190. No local, as equipes do Samu e dos bombeiros constataram as mortes.
“As primeiras informações indicam a possibilidade de um feminicídio seguido de suicídio”, diz a PM.
O caso é investigado pela 8ª DP. Este é o 12º crime registrado como feminicídio em 2025 no DF:
5 de janeiro: Ana Moura Virtuoso, na Estrutural;
15 de janeiro: Elaine da Silva Rodrigues, em Planaltina;
24 de fevereiro: Géssica Moreira de Sousa, em Planaltina;
26 de fevereiro: Ana Rosa Brandão, no Cruzeiro;
29 de março: Dayane Barbosa, na Fercal;
31 de março: Maria José Ferreira, no Recanto das Emas;
1º de abril: Marcela Rocha Alencar, no Paranoá;
9 de abril: vítima não identificada, no Park Way (em investigação);
19 de abril: Valdete Silva Barros, no Sol Nascente;
18 de maio: Vanessa da Conceição Gomes, em Samambaia;
19 de maio: Liliane Cristina Silva de Carvalho, em Ceilândia;
7 de junho: Mulher de 57 anos no Setor Lucio Costa.
Dois casos de feminicídio foram descartados
Dois casos foram descartados pela Polícia como feminicídio. O primeiro foi a morte de Gilvana de Sousa, de 46 anos, encontrada em uma região de mata entre Taguatinga e Samambaia.
No inicio da investigação, a suspeita era que ela teria sido atingida por uma pedra, ou agredida com pauladas, durante a madrugada. No entanto, segundo a Polícia Civil, a investigação apontou para “eventual morte natural, não subsistindo, até o momento, indícios de morte violenta, muito menos feminicídio”.
O assassinato de Rosimeire Gomes Tavares, de 51 anos, também começou a ser investigado como feminicídio, mas teve a tipificação alterada para homicídio. De acordo com as investigações, o crime foi motivado por constantes brigas entre dois suspeitos e a vítima, que eram vizinhos na Cidade Ocidental, em Goiás.
Todas vítimas tinham filhos
O que é feminicídio?
Dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP) — até 13 de maio — mostram que:
Em 88,9% dos casos, as vítimas não haviam registrado ocorrência contra o agressor;
44,4% sofreram violência anterior ao feminicídio;
A maioria dos assassinatos foi cometida com arma branca (44%), seguida de asfixia (22%), agressão física (22%) e arma de fogo (11%);
Em 44% dos casos, o crime ocorreu dentro de casa;
Em 55% dos feminicídios, a motivação alegada pelos assassinos foi ciúmes;
Todas as vítimas eram mães.
Onde denunciar?
Pelo número 129 da Central de Atendimento da Defensoria Pública — com dígito exclusivo para atendimento de mulheres em situação de violência;
Em uma delegacia de polícia, de preferência nas Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher (Deam);
Pelo número 190 da Polícia Militar em caso de emergência;
Pelo aplicativo Direitos Humanos Brasil;
Pelo site da Ouvidora Nacional dos Direitos Humanos, do Governo Federal;
Pelo número 180, que é gratuito.
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