Dinamarca reavalia futuro das fragatas da classe ‘Iver Huitfeldt’ após falhas técnicas

As fragatas da classe Iver Huitfeldt da Marinha Real Dinamarquesa — compostas pelos navios Iver Huitfeldt, Peter Willemoes e Niels Juel — estão entre os mais modernos e, teoricamente, mais capazes da frota. Projetadas para defesa aérea, essas embarcações de 6.600 toneladas são armadas com mísseis superfície-ar SM-2 e ESSM, mísseis antinavio Harpoon, torpedos MU90 e canhões gêmeos de 76 mm, com apoio de sistemas avançados de radar e controle de tiro. Também possuem capacidade de operação com helicópteros MH-60R, tornando-as plataformas versáteis para diversas missões.

Entretanto, uma missão no Mar Vermelho em março de 2024 revelou sérios problemas técnicos, incluindo uma falha de software no sistema de controle de tiro que desativou os principais mísseis de defesa aérea por 30 minutos. Mais de um ano de tentativas de reparo não solucionou os defeitos, que afetam todos os navios da classe devido aos sistemas comuns. Isso comprometeu a capacidade da Dinamarca de contribuir de forma eficaz às forças navais permanentes da OTAN.

Além dos problemas técnicos, as fragatas estão programadas para uma atualização abrangente de seus sensores e sistemas de controle, com um custo estimado de vários bilhões de coroas dinamarquesas. Esse investimento elevado levanta dúvidas sobre a viabilidade de manter esses navios em operação plena diante das falhas persistentes.

Diante desse cenário, o Chefe de Defesa da Dinamarca recomendou abandonar o plano de modernização e priorizar a aquisição rápida de uma nova classe de fragatas de defesa aérea, mais alinhada às necessidades atuais da Dinamarca e da OTAN. Em vez de descartar os navios da classe Iver Huitfeldt, a proposta é convertê-los em navios de patrulha de longo alcance, aliviando a carga das embarcações menores da classe Diana, que estão sobrecarregadas em missões de patrulha, inspeção pesqueira e busca e salvamento.

O plano também prevê a manutenção das fragatas da classe Absalon em suas funções de guerra antissubmarino. O apoio político começa a se formar: o porta-voz de defesa da Aliança Liberal, Carsten Bach, declarou que obter novas fragatas é uma prioridade, mesmo que isso signifique abrir mão de construção nacional, em favor de uma entrega mais rápida. No entanto, como a segunda fase do Plano Naval dinamarquês ainda não foi aprovada, resta saber se a recomendação do Chefe de Defesa será efetivamente implementada.

FONTE: Naval News

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