O Ibovespa encerrou o pregão desta terça-feira, 22 de outubro de 2024, com queda de 0,31%, aos 129.951 pontos. Este é o quarto recuo consecutivo do principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), refletindo o aumento da cautela dos investidores diante de incertezas fiscais e cenário externo volátil.
Volume financeiro e panorama do dia
O volume financeiro negociado foi de aproximadamente R$ 18,9 bilhões, abaixo da média recente, demonstrando menor apetite ao risco.
A instabilidade política e fiscal no Brasil, somada ao ambiente internacional de aversão ao risco, seguiu pressionando os ativos. A divulgação da arrecadação federal acima das expectativas (R$ 203,17 bilhões em setembro) não foi suficiente para reverter o sentimento negativo.
Influência do cenário internacional
No exterior, os investidores permanecem atentos à condução da política monetária dos Estados Unidos. As incertezas em torno de possíveis cortes de juros pelo Federal Reserve e a proximidade das eleições presidenciais norte-americanas aumentaram a volatilidade nos mercados globais.
Ações em destaque no pregão
Apesar do desempenho negativo do índice, algumas ações se destacaram positivamente:
- Hypera (HYPE3) liderou os ganhos com alta de 7,45%, cotada a R$ 28,11, após rumores sobre uma possível fusão com a EMS.
- Vale (VALE3) avançou 0,13%, fechando a R$ 60,41, mesmo diante da queda do minério de ferro na China.
Entre os papéis em queda:
- Petrobras registrou leve recuo: PETR3 caiu 0,48% (R$ 39,44) e PETR4, 0,39% (R$ 36,11).
- Bradesco (BBDC4) teve baixa de 0,65%, enquanto Banco do Brasil (BBAS3) recuou 1,20% e Santander (SANB11), 1,05%.
Dólar sobe e fecha próximo de R$ 5,70
O dólar comercial fechou o dia em leve alta de 0,11%, cotado a R$ 5,697. Durante a sessão, a moeda americana oscilou entre R$ 5,675 e R$ 5,718, refletindo a busca por proteção diante das incertezas fiscais e geopolíticas.
O que esperar nos próximos dias?
Os mercados devem continuar sensíveis a qualquer sinal do governo sobre o controle de gastos públicos, além das próximas decisões de política monetária nos EUA. O cenário segue desafiador para os investidores que buscam ativos de maior risco, como ações.
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