O preço da gasolina voltou a subir em Feira de Santana e tem causado preocupação entre os consumidores. Em alguns postos da cidade, o litro do combustível que custava R$ 5,68 agora é encontrado por valores que variam entre R$ 6,33 e R$ 6,50, a depender da bandeira do estabelecimento.
Em casos isolados, o valor pode chegar a R$ 6,48. Há ainda relatos de confusão por parte dos motoristas entre a gasolina comum e a aditivada, que em alguns locais ultrapassa os R$ 7,00.
Diante da alta repentina, o Procon iniciou uma nova rodada de fiscalizações nos postos para averiguar possíveis irregularidades. Em entrevista ao Acorda Cidade, o superintendente do órgão, Maurício Carvalho, informou que o objetivo é identificar se há prática de vantagem excessiva por parte dos empresários do setor.
“De fato, nós estamos convivendo já há algum tempo com essa oscilação de preços do combustível, que não é exclusiva de Feira de Santana. É uma realidade em todo o Brasil, em função da política de reajuste de preços, que é de responsabilidade do governo federal, por meio da Petrobras e da Agência Nacional do Petróleo. Aqui na Bahia, ainda temos o agravante da privatização da refinaria, agora sob gestão da Acelen”, explicou.
Segundo ele, as fiscalizações são baseadas na análise das notas fiscais de compra dos postos. “A partir delas conseguimos verificar o valor adquirido na refinaria e o repasse ao consumidor. Assim, identificamos se o percentual autorizado está sendo respeitado ou se há lucro abusivo”, completou.
Ao Acorda Cidade, Maurício Carvalho destacou ainda que, em alguns casos, os postos acumulam margens de reajuste que não foram aplicadas anteriormente e acabam fazendo o repasse de forma concentrada, o que pode causar esse salto nos preços. “Desde hoje, nossas equipes estão nas ruas. Já passamos de 40 fiscalizações neste ano e seguimos atentos a qualquer irregularidade”, garantiu o superintendente.
O superintendente informou que continuará com as ações nos próximos dias e que novas informações devem ser divulgadas após a análise completa dos documentos recolhidos.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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