Um ano depois das enchentes de 2024 que arrasaram casas, terrenos, plantações, vidas, sonhos e memórias de famílias das cidades gaúchas de Cruzeiro do Sul, no Vale do Taquari, e Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, moradores e moradoras ainda lutam para garantir seus direitos.
Algumas famílias não conseguiram voltar para suas casas. Outras não têm para onde voltar. Através de um projeto desenvolvido pela Cáritas do Rio Grande do Sul foram produzidos vídeos com depoimentos registrados em maio de 2025, trazendo relatos de pessoas falando sobre o que perderam com as inundações e o que esperam para suas comunidades.

“A solução passa por lutas coletivas”, diz Arlete Solene da Rosa, uma liderança comunitária que integra o projeto em Cruzeiro do Sul. “O ser humano destruiu a natureza e agora ela quer de volta o que é seu”, diz Shaiane Silva da Silva, segurando seu bebê, em Canoas.
Os depoimentos foram colhidos no âmbito do Projeto “Cáritas nas Emergências: Comunidades Mobilizadas no Enfrentamento às Mudanças Climáticas”, que surgiu em resposta à tragédia socioambiental de 2024. Executado pela rede Cáritas, em parceria com outros movimentos sociais e gestores, o Projeto acompanha famílias e comunidades atingidas pelas enchentes de Canoas (área urbana) e Cruzeiro do Sul (área rural), ambas no Rio Grande do Sul.
Ao aproximar estas duas realidades, tão distintas e ao mesmo tempo tão parecidas em termos de impactos das emergências climáticas, a Cáritas busca contribuir para a mobilização e o engajamento das famílias, incentivando a participação na luta pela garantia e acesso às políticas públicas, especialmente na proteção e prevenção de riscos de desastres.
O Projeto “Cáritas nas Emergências” conta com o apoio da Arquidiocese de Boston, Cáritas Alemanha, Cáritas Chile, Cáritas Espanha, Cáritas Internacional, Cáritas Japão, Catholic Relief Services (CRS), Excellerate Energy, além de entidades locais.
Veja os vídeos:
