
O Ibovespa tem renovado sucessivos recordes nominais em 2025, superando a marca dos 140 mil pontos e reacendendo o otimismo entre investidores. No entanto, para Renan Silva, gestor da Bluemetrix, o movimento exige uma análise mais cautelosa. Apesar dos ganhos recentes, o cenário ainda envolve riscos estruturais que não podem ser ignorados.
Segundo o especialista, parte do rali recente pode ser explicada pela rotação global de investimentos, com realizações em mercados desenvolvidos, como o S&P 500, e maior fluxo direcionado a países emergentes, como o Brasil.
Ibovespa: valuations seguem abaixo da média histórica
Renan destaca que os valuations continuam atrativos, mesmo após a valorização recente da Bolsa. Desconsiderando grandes empresas como Petrobras e Vale, o múltiplo preço/lucro projetado do Ibovespa gira em torno de 9,3 vezes, abaixo da média histórica do mercado brasileiro. Isso sustenta, segundo ele, a tese de que ainda há espaço para valorização dos ativos no curto prazo.
Sinais de exaustão técnica e risco de realização
Apesar do cenário favorável, Silva faz um alerta: há sinais técnicos de exaustão no movimento de alta, o que pode resultar em realizações de lucro de curto prazo. Segundo o gestor, esse ajuste pode ser suavizado por revisões positivas nas projeções de crescimento econômico, como a elevação recente nas estimativas do PIB, que refletem maior atividade no mercado doméstico.
O gestor da Bluemetrix reforça que o ambiente macroeconômico ainda impõe desafios. Mesmo com o otimismo renovado, os juros continuam em patamares elevados e o cenário fiscal segue indefinido, o que exige cautela por parte dos investidores.
“O mercado está animado com a alta do Ibovespa, mas é preciso lembrar que estamos num ambiente ainda muito sensível, com juros altos e incertezas sobre a política fiscal”, afirmou Silva.
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