
A semana será marcada por divulgações relevantes em diferentes regiões do mundo. No domingo (18), a China trouxe indicadores do setor imobiliário e de atividade econômica de abril. Ao longo dos próximos dias, saem os resultados de inflação, vendas no varejo, PIBs, PMIs e decisões de juros em países como Japão, Reino Unido, México, Austrália e Indonésia. No Brasil, os destaques são o Boletim Focus, o IBC-BR e a terceira prévia da carteira teórica do Ibovespa para o quadrimestre que se inicia em maio. Também há expectativa por balanços de grandes companhias e a movimentação de fluxo estrangeiro na B3.
Francisco Alves, operador de mercado e comentarista do programa Pré-Market da BM&C News, destaca que os Estados Unidos concentram as principais atenções da semana, com indicadores do setor imobiliário e a repercussão do rebaixamento da nota de crédito soberana. “Nos Estados Unidos teremos dados importantes também ao longo da semana, como vendas de casas novas, vendas de casas usadas, licenças para construção e alvarás”, afirmou Alves. Ele lembra que a agência Moody’s rebaixou a classificação de risco dos EUA, retirando o selo de crédito AAA do país — movimento que já havia sido realizado pela S&P em 2011 e pela Fitch em 2023. “Agora foi a vez da Moody’s. As três maiores agências de classificação de risco cortaram o AAA dos Estados Unidos”, destacou. Segundo ele, os mercados futuros já abriram em queda no domingo à noite, refletindo essa notícia.
Alves também menciona preocupações com o cenário geopolítico, como os desdobramentos das tensões entre Índia e Paquistão, além das expectativas de avanços em possíveis negociações entre Rússia e Ucrânia. O analista observa ainda que o presidente dos Estados Unidos viajou para o Oriente Médio, o que reforça o foco global em relações diplomáticas e estratégias de segurança energética. “Esses temas aumentam a aversão a risco no curto prazo e devem manter os mercados internacionais atentos durante toda a semana”, concluiu.
Na semana encerrada em 17 de maio, as principais bolsas mundiais apresentaram desempenho positivo. Em Londres, o FTSE 100 subiu 1,52%; em Paris, o CAC 40 avançou 1,85%; e em Frankfurt, o DAX renovou máxima histórica aos 23.767,43 pontos, com alta semanal de 1,14%. Nos Estados Unidos, Wall Street teve forte recuperação. O Dow Jones avançou 3,41%, o S&P 500 subiu 5,27% e o Nasdaq teve alta de 7,15%. No ano, o S&P 500 acumula alta de 1,30% e o Nasdaq, de 1,98%. O Ibovespa encerrou a semana com alta de 1,96%, acumula ganho de 3,05% em maio e avança 15,72% em 2025.
O dólar comercial caiu 0,16% na sexta-feira, cotado a R$ 5,6695. Na semana, acumulou leve alta de 0,26%, mas segue em queda de 0,13% em maio. No mercado de commodities, o petróleo registrou recuperação: o WTI subiu 2,4% e o Brent, 2,5% na semana. O ouro para junho negociado em Nova York (Comex) teve queda de 3,70%, cotado a US$ 3.187,20 por onça-troy. Ainda assim, acumula valorização de 21,26% no ano. O fluxo de investidores estrangeiros na B3 voltou a ser positivo: no dia 14/05, a entrada líquida foi de R$ 873 milhões. No mês, o saldo está positivo em R$ 9,17 bilhões e, no acumulado de 2025, em R$ 18,8 bilhões.
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