Maio Laranja: proteger é um ato de amor e responsabilidade

Maio laranja
Reprodução: Freepik

Maio é o mês da campanha Maio Laranja, que tem como objetivo mobilizar a sociedade para a prevenção do abuso e da exploração sexual de crianças e adolescentes.

Essa é uma realidade dolorosa, que infelizmente atinge milhares de meninos e meninas no Brasil todos os anos — muitas vezes dentro de casa, por pessoas próximas e em silêncio.

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Liberdade para conversar é essencial

Falar sobre esse tema é difícil, mas o silêncio é ainda mais perigoso. A prevenção começa em casa, com diálogo, vínculo e informação.

Crianças que têm liberdade para conversar com adultos de confiança, que aprendem desde cedo sobre o próprio corpo, seus limites e o direito ao respeito, estão mais protegidas. E esse conhecimento precisa ser construído de forma gradual, respeitosa e compatível com a idade da criança.

É essencial que as crianças saibam, por exemplo, que existem partes do corpo íntimas e que ninguém pode tocá-las sem consentimento. Que segredos que causam medo ou vergonha devem ser contados a um adulto de confiança. Que sentir desconforto com determinadas situações é um sinal importante, e que o corpo sempre merece ser ouvido e respeitado.

Escola e família andam juntas

A escola e a família têm papéis complementares nessa missão. Precisamos criar uma cultura de escuta ativa, acolhimento e educação para a proteção.

Isso significa, muitas vezes, rever a forma como nos comunicamos com as crianças, como ensinamos sobre consentimento e até como lidamos com temas difíceis que, por muito tempo, foram varridos para debaixo do tapete.

Não se trata de assustar, mas de preparar. Não é erotizar, é proteger. A educação sexual na infância, longe de ser um conteúdo inapropriado, é, na verdade, uma ferramenta de prevenção e fortalecimento emocional. Ela ensina a criança a reconhecer o que é certo, o que é seguro e a quem recorrer se algo estiver errado.

Neste Maio Laranja, que possamos nos comprometer com uma infância mais segura, mais respeitada e mais escutada. Falar é a melhor forma de proteger.

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